BAMACO (Reuters) - Uma coalizão rebelde dominada pelos tuaregues disse neste sábado que mantém prisioneiros 19 soldados malineses, capturados em combates no dia anterior, em meio à crescente violência no norte do país, que ameaça sabotar os esforços de paz mediados pela ONU.
Fontes do exército confirmaram que soldados estavam desaparecidos depois dos confrontos de sexta-feira, quando a CMA --Coordenação de Movimentos de Azawad-- tomou por pouco tempo a pequena cidade de Tessit, localizada em Gao, região norte do Mali. Eles se negaram a fornecer mais detalhes.
Um porta-voz da CMA disse que seus combatentes haviam se retirado de Tessit na manhã de sábado, levando com eles armas, munições e prisioneiros capturados.
"São 19 soldados malineses", disse Almou Ag Mohamed, à Reuters.
Fotos tiradas por um combatente envolvido nos confrontos em Tessit, vistas pela Reuters, mostravam pelo menos uma dúzia de homens, a maioria à paisana, com as mãos amarradas atrás das costas e cercados por combatentes rebeldes.
Não foi possível confirmar imediatamente de forma independente, as imagens ou identificar os prisioneiros.
Um acordo de cessar-fogo foi assinado entre o governo, seus aliados e grupos separatistas do norte, no ano passado, mas violações ao acordo têm aumentado desde que combatentes pró-governo assumiram o controle da cidade crítica de Menaka, no fim do mês passado.
(Por Tiemoko Diallo e Souleymane Ag Anara)