Por Ayla Jean Yackley e Osman Orsal
ISTAMBUL (Reuters) - Uma mulher-bomba detonou seus explosivos nesta terça-feira dentro de uma delegacia de polícia no bairro de Sultanahmet, centro histórico de Istambul, matando um policial e ferindo outro, afirmaram o governador da cidade e a mídia turca.
A mulher falou inglês quando entrou no prédio, mas a nacionalidade e a identidade dela eram desconhecidas, disse o governador, Vasip Sahin, a repórteres no local.
A mídia turca disse que um dos feridos morreu por complicações dos ferimentos.
Não houve reivindicação imediata de responsabilidade, mas a explosão ocorreu menos de uma semana depois que o grupo de extrema-esquerda DHKP-C disse que estava por trás de um ataque com granadas contra a polícia perto do gabinete do primeiro-ministro em Istambul.
A polícia isolou a rua onde o ataque desta terça-feira aconteceu, em frente à praça do museu Aya Sofya e da Mesquita Azul e perto da Cisterna da Basílica, que estão entre os principais destinos turísticos de uma das cidades mais visitadas do mundo.
O transporte público voltou a funcionar depois de ser suspenso brevemente e alguns turistas, enfrentando neve pesada, ainda caminhavam ao redor da praça histórica em Sultanahmet.
O DHKP-C havia alertado sobre futuros atentados após o ataque de quinta-feira passada, em que um homem carregando uma arma automática foi detido próximo ao Palácio Dolmabahce da era otomana.
O grupo também foi responsável por um atentado suicida na embaixada dos Estados Unidos no ano passado, bem como ataques a postos policiais turcos.
A Turquia enfrenta outras ameaças de segurança.
Alguns dos milhares de combatentes estrangeiros que se juntaram às fileiras dos militantes do Estado Islâmico na Síria e no Iraque entraram nesses territórios via Turquia, aumentando a preocupação de que poderiam voltar e cometer ataques em solo turco.
Também houve confrontos no sudeste predominantemente curdo da Turquia nas últimas semanas entre os membros do partido islâmico curdo e jovens ligados ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão, considerado ilegal, que também fez ataques no passado.
(Reportagem adicional de Humeyra Pamuk e Tulay Karadeniz)