Pequim, 6 nov (EFE).- O presidente da China, Hu Jintao, chegará à
cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec, na
sigla em inglês), entre os dias 8 e 15 deste mês em Cingapura, com
uma oposição frontal ao protecionismo e a exigência da liberalização
dos mercados com o objetivo de sair da recessão.
"Trata-se de um ano especial, porque a crise não terminou. Embora
haja sinais positivos de recuperação econômica no mundo, essa
recuperação ainda não está bem estabelecida", disse hoje o
vice-ministro de Assuntos Exteriores chinês, He Yafei, em entrevista
coletiva.
A região da Ásia-Pacífico está dando melhores resultados do que
outras regiões e liderando a recuperação econômica, prosseguiu He.
"No entanto, ainda há alguns obstáculos, como as negociações da
Rodada de Doha, o aumento do protecionismo em comércio e
investimento, a mudança climática, a segurança energética e
alimentar", listou.
A visita de Hu à cúpula, nos dias 14 e 15 de novembro, será a
segunda etapa de sua viagem asiática, na qual viajará entre os dias
10 e 13 para a Malásia.
A 17ª cúpula de líderes da Apec, que comemora seu 20º
aniversário, estará centrada em como enfrentar a crise. Para isso, a
China defenderá um crescimento sustentável, maior conexão entre a
região, oposição ao protecionismo financeiro e comercial, a
aplicação da Rodada de Doha e o desenvolvimento da economia.
"Os membros mais desenvolvidos devem tornar realidade a
liberalização dos mercados", disse o vice-ministro do Comércio
chinês, Yi Xiaozhun.
"2010 é a primeira data limite, esperamos que cumpram com seus
compromissos", afirmou Yi ao se referir à Rodada de Doha, lançada em
2001 pela Organização Mundial do Comércio (OMC) para liberalizar
trocas de serviços e mercadorias.
A China espera que a cúpula da Apec leve a resultados concretos,
como um plano de recuperação contra a crise, a oposição ao
protecionismo e a promoção da integração regional. EFE