Rio de Janeiro, 11 jan (EFE).- Os preços dos alimentos básicos
diminuíram de forma generalizada no Brasil em 2009, o que reforçou o
poder aquisitivo das classes pobres, aponta um estudo divulgado
hoje.
De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese),
houve queda de preço em 16 das 17 capitais pesquisas.
Aracajú teve a cesta de menor preço (R$ 169,18) e a de maior
custo foi registrada em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que
subiu para R$ 237,58.
No Rio de Janeiro e em São Paulo foram registradas quedas de
11,02% e 4,72%, respectivamente.
No caso da paulista, o conjunto de produtos custou R$ 228,19, que
obrigou às famílias pobres a desembolsar 53,34% do salário mínimo.
O feijão e o arroz foram os produtos com maior contribuição à
queda dos preços, os ingredientes básicos na dieta nacional, além da
carne, o produto mais caro da cesta.
Alguns produtos registraram fortes reajustes, como o açúcar, com
altas superiores a 20% de média em quase todas as capitais e que
chegou ao percentual de 64,09% em Manaus, no Amazonas.
A baixa do preço dos alimentos reforçou o poder aquisitivo da
classe de trabalhadores mais pobres, a que depende do salário
mínimo, segundo dados da pesquisa.
Em dezembro, um operário da cidade de São Paulo precisou
trabalhar 106 horas e 11 minutos para garantir sua alimentação, a
menor relação de tempo desde 1970, conforme o Dieese, o que reflete
a queda dos preços e o aumento sustentado do salário mínimo.
Em 2009, o salário mínimo era R$ 465 e neste ano, o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva aprovou o reajuste de 9,68%, passando para
R$ 510. EFE