Rio de Janeiro, 26 out (EFE).- O presidente da República, Luiz
Inácio Lula da Silva, disse hoje, em seu programa de rádio "Café com
o Presidente", que chegar a ser a quinta maior economia do mundo,
como o Banco Mundial (BM) prevê em um estudo, é um desafio para o
Brasil.
"Quando o BM faz um estudo e prevê que o Brasil seguirá crescendo
e que pode, em 2016, ser a quinta maior economia do mundo, está
colocando um desafio para nós", afirmou Lula em seu programa
semanal.
"Por isso, necessitamos fazer as coisas corretamente. Não
precisamos de nenhuma invenção nem de nenhuma magia", acrescentou o
presidente.
De acordo com Lula, o crescimento da economia brasileira exige um
aumento no crédito e uma redução nos impostos sobre os produtos
consumidos pelos brasileiros.
"Temos que estar conscientes de que necessitamos oferecer mais
crédito e, na medida em que for necessário, oferecer isenções em
setores que necessitem, porque precisamos incentivar a população
brasileira a comprar o que ainda não tem", afirmou.
O presidente explicou que, na medida em que a população vai
adquirindo bens, como casa e automóvel, vai permitindo que a
economia siga crescendo.
O crescimento econômico brasileiro nos últimos anos foi
sustentado principalmente pelo aumento da demanda interna, graças à
queda do desemprego e ao crescimento do poder de compra da
população.
O Brasil é atualmente, pelo volume de seu Produto Interno Bruto
(PIB), a nona maior economia do mundo e a primeira da América
Latina.
Para chegar ao quinto lugar entre as maiores economias do mundo,
o Brasil terá que ultrapassar potências como França, Reino Unido,
Rússia e Alemanha, para ficar somente depois de Estados Unidos,
China, Japão e Índia.
Lula assegurou que a divulgação de indicadores que mostram que o
emprego e a produção estão crescendo no Brasil em meio à crise
econômica global o deixa convencido de que o atual caminho é o
adequado.
"Estamos no caminho correto, porque a economia está crescendo, a
indústria está crescendo, o comércio está crescendo e estamos
aumentando a geração de emprego e a massa salarial", disse.
"O Brasil necessita ter vários anos de crescimento consecutivos
para que possamos gerar mais empregos e renda, porque assim a
população vai ter mais poder de consumo e as empresas vão produzir
mais. Trata-se de uma roda gigante que não pode parar nunca. Ela tem
que continuar girando para que possamos recuperar as décadas em que
o país não conseguiu desenvolver-se", disse. EFE