Washington, 15 out (EFE).- O Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
dos Estados Unidos subiu 0,1% em setembro e aumentou 1,1% em um ano,
segundo informou hoje o Departamento de Trabalho.
O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano),
Ben Bernanke, disse que a inflação foi baixa por tempo demais e que
"o risco de deflação é mais alto que o desejável".
Se forem excluídos os preços de alimentos e energia, o núcleo da
inflação foi zero em setembro e 0,8% em um ano, o mais baixo índice
desde 1961.
Em setembro, os preços dos alimentos subiram 0,3%, o maior
aumento desde outubro de 2008, e os preços da energia aumentaram
0,7%, liderados por um aumento de 1,5% do preço da gasolina.
Os preços do transporte subiram 0,5%, com altas de 0,2% nas
tarifas das companhias aéreas, enquanto os preços dos veículos
automotores novos subiram 0,1%.
Por sua vez, o cuidado médico ficou 0,6% mais caro, os preços da
vestimenta caíram 0,6% e o custo da habitação diminuiu 0,1%.
Espera-se que hoje mesmo a Administração do Seguro Social anuncie
que, pelo segundo ano consecutivo, cerca de 58 milhões de
aposentados não terão ajustes de seus benefícios, dado que a
inflação anualizada foi muita baixa.
Os responsáveis da política monetária nos EUA estão preocupados
que a expectativa de uma inflação ainda menor leve os consumidores a
postergarem sua despesa na espera de preços mais baixos, e discutem
como podem estimulá-los para que gastem agora, já que os preços
subirão. EFE