Nações Unidas, 12 jan (EFE).- O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta quarta-feira a todos os partidos libaneses que mantenham o diálogo depois que a retirada dos ministros pela oposição provovou a queda do Governo de unidade de Saad Hariri.
"O secretário-geral pede a manutenção do diálogo entre todos os partidos e o respeito à Constituição e às leis do Líbano", disse em uma breve declaração o porta-voz da ONU, Martin Nesirky.
Além disso, acrescentou que Ban reitera seu "completo apoio ao trabalho independente" do Tribunal Especial para o Líbano, que investiga o assassinato do ex-primeiro-ministro libanês, Rafik Hariri, em 2005 e que se encontra no centro da atual crise política no país.
O Líbano vive um bloqueio institucional por causa da rejeição da oposição, liderada pelo grupo xiita Hisbolá, em participar das reuniões do Governo enquanto não se tomasse uma decisão sobre o que eles chamam de "falsos testemunhos" na investigação do tribunal.
A corte que investiga o assassinato está a ponto de concluir que Hariri foi assassinado por um braço armado do Hisbolá, que na ocasião reivindicou o atentado.
Quando as investigações sobre o magnicídio tiveram início, quatro generais libaneses pró-sírios ficaram presos durante quatro anos pelos depoimentos de várias testemunhas, que a oposição política libanesa qualifica como "falsos".
Em 7 de janeiro, Saad Hariri, filho de Rafik, viajou aos Estados Unidos para se reunir com o rei saudita, Abdullah bin Abdul Aziz, após revelar a conclusão de um acordo entre Síria e Arábia Saudita para tentar encontrar uma solução para a crise do Líbano. EFE