Washington, 8 dez (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack
Obama, ampliou hoje as medidas de estímulo econômico ao anunciar
mais investimentos em infraestrutura e isenções fiscais, graças ao
fato de o programa de resgate financeiro ter custado menos que o
previsto.
Em discurso na Brookings Institution, Obama disse que pretende
"acelerar a criação de emprego" com parte dos US$ 200 bilhões que
serão poupados no plano de socorro ao sistema financeiro.
"A ajuda aos bancos, que se pensou que custaria bilhões de
dólares aos contribuintes, está a caminho de, na verdade, gerar
bilhões de dólares em ganhos" para o erário, disse o chefe de
Estado.
Lançado ainda na Administração do George W. Bush, o programa foi
arquitetado para evitar o colapso do sistema financeiro após a
quebra do banco de investimentos Lehman Brothers.
Porém, com a estabilização dos mercados nos últimos meses, muitos
dos grandes bancos já devolveram, com juros, o dinheiro emprestado
pelo Governo, o que fez o custo do plano cair.
"Isto nos dá a oportunidade de reduzir o déficit antes do que
tínhamos pensado inicialmente e de destinar fundos que teriam ido
para os bancos de Wall Street à geração de empregos", afirmou Obama.
A Casa Branca não divulgou o volume total de dinheiro que será
usada para estimular a economia. Um alto funcionário, que pediu para
não ser identificado, disse à imprensa que o custo do programa
dependerá das negociações com o Congresso.
A fonte, no entanto, disse que o Governo cogita investir US$ 50
bilhões a mais em projetos de infraestrutura, transporte e saúde que
tenham um impacto imediato.
Entre as medidas anunciadas hoje por Obama, estão ainda a redução
de impostos para pequenas empresas e um novo incentivo fiscal para
estimular novas contratações.
O Governo também dará isenção fiscal a proprietários de imóveis
que comprarem aparelhos que consumam menos energia. EFE