Rio de Janeiro, 1 jul (EFE).- A Confederação Nacional da
Indústria (CNI) subiu hoje sua projeção para o crescimento econômico
do país este ano de 6% calculado há três meses para 7,2%, da mesma
forma que o Banco Central (BC) fez nesta quarta-feira.
A nova previsão do setor para o Produto Interno Bruto (PIB) em
2010 foi divulgada no relatório conjuntural divulgado pela CNI.
A alta da projeção foi divulgada um dia depois que o BC anunciou
que tinha elevado sua previsão para o PIB de 5,8% para 7,3%.
Se o Brasil crescer este ano no ritmo esperado pelos industriais
e pelo organismo emissor, alcançará sua maior expansão desde 1986,
quando a expansão econômica foi de 7,49%.
Segundo os dados divulgados no mês passado pelo Governo, a
economia cresceu 9% no primeiro trimestre do ano em comparação com o
mesmo período de 2009, sua maior expansão histórica para o período.
A CNI, no entanto, admite que o ritmo de crescimento no segundo
trimestre já mostrou "perda de intensidade e esse movimento deverá
persistir nos próximos trimestres".
O Governo eliminou nos três primeiros meses do ano os incentivos
fiscais que tinha oferecido para favorecer setores afetados pela
crise mundial.
No relatório, os industriais afirmaram que, apesar da atual
desaceleração, o Brasil terminará 2010 com sua maior expansão em
muitos anos e com uma melhoria na qualidade do crescimento, já que o
investimento produtivo este ano será equivalente a 19,4% do PIB.
A CNI também diz esperar para este ano uma inflação de 5,4%,
acima da meta do Governo (4,5%), mas dentro da margem de tolerância
(que admite um máximo de 6,5%).
Entre outras previsões, o setor também espera para 2010 que as
exportações cheguem a US$ 190 bilhões e as importações a US$ 180
bilhões, para um superávit comercial de US$ 10 bilhões. EFE