Roma, 6 jun (EFE).- O Povo da Liberdade (PDL), partido do
primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, desponta como o
favorito nas eleições para o Parlamento Europeu na Itália, nas quais
os italianos escolhem hoje 72 deputados.
As urnas serão abertas às 15h locais (10h de Brasília) e fechadas
às 22h (17h de Brasília), e voltam a abrir amanhã durante o dia
todo, em uma convocação eleitoral na qual os italianos também
elegerão seus representantes em Prefeituras e administrações
provinciais de parte do país.
Segundo as pesquisas, o PDL obterá ao redor de 40% dos votos, o
que daria à legenda uma vitória arrasadora.
Berlusconi, que se apresenta como cabeça de lista de seu partido
no pleito europeu, assegurou ontem em um programa de televisão que
espera conseguir entre 40% e 45% dos votos, algo que, segundo ele,
faria com que seu partido fosse o de maior peso de todo o Parlamento
Europeu.
O primeiro-ministro italiano também afirmou que, se seu partido
obtiver os resultados que espera, será capaz de nomear o próximo
presidente da câmara europeia.
A figura de Berlusconi dominou toda a campanha eleitoral
italiana, que ontem se viu sacudida pela publicação no jornal
espanhol "El País" de várias fotos que mostram hóspedes da mansão do
governante na ilha da Sardenha completamente nus ou com pouca roupa.
O ex-primeiro-ministro tcheco Mirek Topolanek reconheceu hoje que
aparece nas fotos, mas declarou que se trata de uma montagem.
Berlusconi mantém grandes expectativas nestas eleições apesar do
escândalo relacionado a essas fotos e a outros assuntos, como sua
suposta relação com uma jovem napolitana de 18 anos, o que
desencadeou o pedido de divórcio de sua mulher, Veronica Lario.
Além do crescimento do PDL, que aparece com mais vantagem nas
pesquisas atuais do que nas eleições passadas, se espera que a Liga
Norte de Umberto Bossi, aliado de Berlusconi, também tenha bons
resultados.
Os levantamentos também dão ao principal partido de oposição
italiano, o Partido Democrático (PD), um resultado discreto nas
eleições europeias, com uma percentagem abaixo dos 25%.
No entanto, se prevê que o também esquerdista Itália dos Valores
(IdV) do ex-procurador Antonio di Pietro obterá um notável
crescimento no pleito europeu. EFE