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Forte aumento de juros não salvará o euro conforme choque de energia se aprofunda

Publicado 06.09.2022, 08:50
Atualizado 06.09.2022, 09:35
© Reuters. Símbolos do dólar e do euro retratados em casa de câmbio em Kiev, Ucrânia
09/06/2020
REUTERS/Valentyn Ogirenko
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Por Tommy Wilkes e Dhara Ranasinghe

LONDRES(Reuters) - O impacto sobre a economia da zona do euro e sua moeda de uma crise energética que se aprofunda é tão grave que um aperto monetário mais agressivo do Banco Central Europeu pouco fará para impedir a queda do euro.

A moeda na segunda-feira caiu abaixo de 99 centavos de dólar pela primeira vez desde o final de 2002 depois que a Rússia interrompeu o fornecimento de gás natural através do principal gasoduto para a Europa, elevando os preços da energia e aumentando os temores sobre uma crise de oferta.

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O combalido euro estará à frente e ao centro da reunião do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira, já que a moeda fraca --queda de 13% em 2022-- pode piorar a inflação já recorde ao encarecer as importações.

Alguns formuladores de política monetária disseram que o banco deve prestar mais atenção ao euro do que em períodos anteriores de fraqueza, porque o preço do gás é em dólares e um euro fraco amplifica os efeitos do aumento dos custos de energia.

Os mercados monetários precificam 80% de chance de um aumento superdimensionado de 75 pontos base nesta semana, mas os analistas acham que isso faria pouco para ajudar a moeda.

"Esse grande aumento da taxa não fará nada para resgatar o euro. Uma recessão está à frente e as preocupações geopolíticas são incontroláveis", disse Agnès Belaisch, estrategista do Barings Investment Institute. "Na verdade, as chances são altas de que o aumento das taxas de juros coincida com a inflação e a recessão em 2023."

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O Goldman Sachs (NYSE:GS)  (BVMF:GSGI34) previu na segunda-feira que o euro enfraquecerá para 97 centavos de dólar e permanecerá nesse patamar pelos próximos seis meses porque a destruição da demanda, causada pela crise do gás, levará a "uma contração mais profunda e mais longa".

A Capital Economics revisou sua previsão para 90 centavos de dólar para o próximo ano --uma queda de 9% em relação aos níveis atuais.

© Reuters. Símbolos do dólar e do euro retratados em casa de câmbio em Kiev, Ucrânia
09/06/2020
REUTERS/Valentyn Ogirenko

O euro está inversamente correlacionado aos preços do gás há meses, o que significa que tende a cair quando os preços da energia aumentam. Os preços do gás subiram 255% em 2022 e na segunda-feira saltaram 30%.

A zona do euro está quase certamente entrando em recessão, com a atividade de negócios contraindo pelo segundo mês em agosto.

O choque de energia está cobrando um preço alto, enquanto os dados sugerem que os especuladores aumentaram suas apostas contra a moeda.

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