Bruxelas, 2 set (EFE).- Os ministros de Economia e Finanças dos
países-membros da União Europeia (UE) afinam hoje uma posição para
ser apresentada nas próximas reuniões do Grupo dos Vinte (G20, que
reúne as nações ricas e as principais emergentes) sobre a crise, com
destaque para uma proposta francesa de regular os ganhos dos
diretores de instituições financeiras.
"As remunerações e as compensações para nós são emblemáticas",
disse a ministra de Economia da França, Christine Lagarde.
As sugestões francesas, que incluem também a limitação
obrigatória das compensações em função dos lucros das entidades e
uma fiscalização específica para as gratificações especiais,
receberam apoio da Alemanha na semana passada.
Jean-Claude Juncker, primeiro-ministro e titular de Economia de
Luxemburgo, repetiu o "apoio total" às ideias do Governo de Paris.
O comissário europeu de Assuntos Econômicos e Monetários, Joaquín
Almunia, lembrou que o Executivo da UE faz recomendações neste
sentido desde abril, e ressalta que "alguns países associados estão
adotando medidas adequadas".
Almunia lembrou que já houve "algumas boas notícias" na UE,
especialmente a retomada do crescimento econômico da Alemanha e
França durante o segundo trimestre, um sinal entendido, por ele, de
que é possível enfrentar a crise.
Juncker, por sua vez, considerou que, apesar das notícias
positivas, "ainda não chegou o momento" de pôr fim ao estímulo
fiscal por parte dos Governos, algo que continuará durante este e o
próximo ano.
As conclusões de hoje pela UE serão levadas à reunião de
ministros de Economia e Finanças do G20, que será realizada na
sexta-feira e no sábado, em Londres, uma preparação à cúpula de
líderes do grupo do 24 e 25 em Pittsburgh (EUA).
"Temos de chegar a um consenso sobre uma estratégia de saída",
reforçou o primeiro-ministro de Luxemburgo, que também preside o
Eurogrupo (ministros de Economia e Finanças da zona do euro). EFE