(Corrige nome de ministro russo no primeiro parágrafo).
Moscou, 23 set (EFE).- A maioria dos membros do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes) defende uma ajuda financeira adicional aos países europeus com problemas de dívida, anunciou neste sábado o ministro das Finanças russo, Alexei Kudrin, nos corredores da assembleia do organismo em Nova York.
"A maioria pensa que é necessário tomar medidas adicionais de ajuda à Grécia, Irlanda, Portugal, Itália e Espanha", disse o ministro em declarações a um grupo de jornalistas, recolhidas pelas principais agências russas.
As medidas de ajuda para os três primeiros países deveriam ser responsabilidade da União Europeia (UE), através do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF, na sigla em inglês), enquanto para Espanha e Itália as decisões deveriam corresponder ao Banco Central Europeu, ressaltou Kudrin.
"É extremamente importante a vontade política dos próprios países para cortar suas despesas a fim de sanar suas dívidas", disse.
O G20 considera insuficientes as medidas de ajuda para a Grécia, já que o Produto Interno Bruto (PIB) do país continua em queda enquanto sua dívida se mantém alta.
Além disso, o grupo é consciente que a quebra da Grécia repercutiria nas bolsas e nos setores bancários de outros países já que, segundo Kudrin, eventos como este aumentam os riscos e contribuem para a fuga de capitais dos países em desenvolvimento.
No fórum do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial realizado em Washington, analistas e líderes mundiais repetiram constantemente as chamadas às economias avançadas a encarar os desafios econômicos que poderiam gerar um novo colapso financeiro.
O G20, que coordenou a resposta internacional à crise financeira provocada em 2008 após a explosão da bolha imobiliária nos Estados Unidos, se limitou em sua reunião de Washington a repetir o discurso de compromisso político sem oferecer ações específicas.
O G20 é integrado pelos países do Grupo dos Oito (Alemanha, Canadá, EUA, França, Reino Unido, Itália, Japão e Rússia), a União Europeia, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, México, África do Sul e Turquia.
A Presidência do fórum econômico passará ao México após a conclusão da reunião de Cannes em novembro. EFE