Roma, 13 jun (EFE).- O G8 (os sete países mais desenvolvidos do
mundo e a Rússia) vê sinais de estabilização nas economias do grupo,
mas a situação é de "incerteza" e ainda existem "riscos
significativos".
Esta opinião sobre o panorama econômico mundial, incluída numa
declaração conjunta divulgaga neste sábado, foi dada pelos ministros
da área econômica do G8, reunidos desde ontem na localidade italiana
de Lecce.
"Há sinais de estabilização em nossas economias, incluindo uma
recuperação nas bolsas de valores, um retrocesso no aumento das
taxas de juros e uma melhora na confiança dos consumidores e nos
negócios", disseram os ministros na declaração.
"Mas a situação continua sendo incerta e ainda há riscos
significativos para a estabilidade econômica e financeira",
acrescentaram na nota.
Os ministros de Economia e Finanças das maiores potências
econômicas do mundo (Estados Unidos, França, Reino Unido, Canadá,
Itália, Alemanha e Japão) e da Rússia também disseram que, apesar
dos sinais de melhora, "o desemprego pode continuar crescendo".
"Nossos países continuarão implementando ações para reduzir o
impacto da crise sobre o emprego e para maximizar o potencial de
crescimento dos postos de trabalho no período de recuperação
econômica", escreveram.
Entre essas ações de combate ao desemprego estão a promoção de
políticas ativas para o mercado de trabalho, a aposta em sistemas de
proteção social efetivos e a capacitação do mercado de trabalho ante
futuras mudanças estruturais.
"Devemos continuar atentos para nos certificarmos de que a
confiança do consumidor e do investidor está totalmente recuperada,
e que o crescimento está escorado por mercados financeiros estáveis
e fundamentos sólidos", destaca o texto divulgado pelos ministros.
O G8 continuará trabalhando com os outros países em medidas que
conduzam a economia global a um caminho "forte, estável e
sustentável".
"Reafirmamos nosso compromisso de atender a necessidade de
liquidez e de capital dos bancos, enquanto esta for necessária, e de
tomar todas as medidas necessárias para assegurar a salvaguarda" de
grandes instituições, indica o documento. EFE