Copenhague, 8 dez (EFE).- O músico e ex-ministro Gilberto Gil
considera que a queda de emissões de dióxido de carbono (CO2)
alcançada nos últimos anos devido à redução do desmatamento de
florestas tropicais no Brasil corresponde à recente oferta de corte
deste gás pelos EUA.
Durante a cúpula da ONU sobre mudança climática (COP15) em
Copenhague, Gil, que está em viagem artística por 15 cidades
europeias, comentou que já é uma conquista que Washington vá a
Copenhague, porque, no passado, tinha se mantido afastado dessas
reuniões.
Os Estados Unidos ofereceram diminuir em 17% suas emissões de CO2
até 2020 a respeito de 2005, o que equivale a 4% em termos reais,
tomando como comparação o ano de 1990, como fazem outros países
industrializados.
Lembrou também que o Brasil só usa a cana-de-açúcar para produzir
biocombustíveis, e em nenhum caso o milho, que interfere nos preços
da cadeia alimentícia, como aconteceu no México.
Perguntado pela política ambiental do brasileiro Luiz Inácio Lula
da Silva, respondeu que merece nota sete em dez, devido a suas
omissões e declarações, às vezes grandiloquentes, mas admitiu que,
em seu país, houve muitos progressos neste assunto, que inclui a
redução do desmatamento.
Segundo ele, o Brasil, que vai a Copenhague com uma delegação de
mais de 700 membros, tem uma longa tradição na luta pela proteção do
meio ambiente, o que explica a grande expedição à capital
dinamarquesa, na qual também há jovens, estudantes e ONGs nacionais.
EFE