Washington, 3 mai (EFE).- A empresa automotiva General Motors anunciou nesta quinta-feira um lucro líquido de US$ 1 bilhão no primeiro trimestre do ano, 69% menor que o dado do mesmo período de 2011.
O lucro entre janeiro e março é menor que os US$ 3,2 bilhões do mesmo período de 2011, embora o retrocesso tenha sido inferior ao previsto pelos analistas.
A forte demanda por veículos na América do Norte e na China e as menores perdas no debilitado mercado europeu foram as razões que amorteceram a queda em termos líquidos.
A renda da GM no primeiro trimestre de 2012 aumentou 4,4% até somar US$ 37,8 bilhões, o que permitiu que o lucro operacional por atividade ordinária aumentasse 35% até US$ 1,69 bilhão.
Os bons resultados na América do Norte, onde o lucro (antes do pagamento de impostos) aumentou 31%, até os US$ 1,7 milhão, permitiram salvar o andamento do primeiro trimestre da GM.
A maior fabricante de automóveis dos Estados Unidos perdeu US$ 256 milhões na Europa (antes de pagar impostos) onde também deve absorver uma carga de US$ 590 milhões relacionados com as pensões.
Isto contrasta com o lucro operacional de US$ 5 milhões que a GM, proprietária da Opel no Velho Continente, obteve nos três primeiros meses de 2011 na Europa.
No lucro em operações internacionais, onde a China é incluída, o resultado positivo se reduziu levemente até US$ 529 milhões. A China é um mercado vital para o primeiro fabricante mundial de automóveis, onde continua aumentando as vendas.
Na América do Sul, a GM obteve um lucro operacional de US$ 83 milhões, abaixo dos US$ 90 milhões do ano anterior.
O presidente da GM, Dan Akerson, disse nesta quinta-feira que a empresa "começou a fazer diferença na América do Sul com novos produtos, embora a Europa continue sendo um assunto pendente, onde continuaremos trabalhando tanto em aumentar a renda como nas oportunidades até alcançar níveis competitivos de lucro"
Em unidades vendidas, a China foi o primeiro mercado para a GM no primeiro trimestre do ano, ao registrar um aumento de 8,7%, até superar as 745 mil unidades, enquanto nos Estados Unidos o dado avançou 2,7% anualizado ao se situar em 608 mil unidades.
A União Europeia, onde as vendas caíram 12% até 271.711 unidades, continua sendo a pedra no sapato para GM, embora por enquanto a direção da empresa de Detroit tenha negado tomar medidas drásticas com a Opel. EFE