Berlim, 22 jul (EFE).- A General Motors (GM) insiste em manter
abertas as três ofertas apresentadas para a compra de sua filial
europeia Opel, enquanto o Governo alemão diz preferir a fabricante
austríaco-canadense Magna.
A GM não expressou preferência alguma, segundo indicou hoje o
secretário de Estado do Ministério da Economia, Jochen Homan, no
final de uma reunião de várias horas na Chancelaria alemã com
representantes do consórcio.
Das três ofertas - da sociedade belga de investimentos RHJ
International, da filial da americana Ripplewood; do fabricante
chinês BAIC e da Magna - o único que aparece em clara desvantagem é
o grupo chinês, enquanto a companhia pediu para as outras duas
esclareçam alguns termos.
A reunião na Chancelaria teve caráter informativo, já que a GM ia
se limitar a apresentar as últimas ofertas para a compra da Opel e
não se esperavam resultados concretos.
Horas antes do início da reunião, o porta-voz do Governo, Ulrich
Wilhelm, tinha insistido que ela serviria para "uma primeira troca
de opiniões", com o objetivo de chegar a "uma postura conjunta".
No final da reunião, Homan afirmou que a Magna continua sendo a
opção preferida do Governo de Berlim, mas indicou que sua oferta
devia ser melhorada.
Os analistas afirmaram que a parte americana prefere a oferta da
RHJ International, questão que Wilhelm não quis confirmar.
"O Governo alemão não é o vendedor. A GM e o Estado americano
como acionista majoritário são. Mas nós somos o principal avalista e
sem a nossa participação e dos países europeus afetados, também não
há uma solução possível", disse.
Os três investidores interessados em adquirir a Opel apresentaram
a última versão de suas ofertas, na segunda-feira. EFE