Governo Federal quer impedir nova alta do real

Publicado 17.12.2011, 20:07

Rio de Janeiro, 17 dez (EFE).- O Governo Federal "não vai permitir" que o real volte a se valorizar nos níveis máximos registrados entre janeiro e agosto, que deixaram a indústria em alerta, afirmou neste sábado o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

"Todos os países estão desesperados para exportar mais. E usam todas as armas que têm. E arma cambial é a principal. É por isso que nós tomamos várias medidas no campo cambial e continuaremos tomando", disse Mantega em entrevista ao grupo Estado.

Mantega, principal responsável da política econômica do governo, indicou que a cotação atual (R$1,85) é "mais propícia" para a indústria do que a dos meses anteriores.

Desde agosto de 2010, a moeda brasileira se valorizou constantemente até chegar em julho a uma cotação de R$ 1,53, um nível que teve forte impacto na balança comercial do país, sobretudo no setor industrial.

Na ocasião o governo brasileiro tomou uma série de medidas para reduzir a rentabilidade das operações no mercado futuro de divisas que, ao lado da crise europeia, contribuíram para voltar a reduzir paulatinamente o valor do real frente ao dólar.

Na entrevista, o ministro também considerou que o risco de inflação "está muito mais moderado", o que vai permitir reduzir a taxa de juros, atualmente em 11%.

Segundo Mantega, a redução dos juros e a taxa de câmbio mais propícia, unidas a uma política de investimentos públicos em infraestrutura, vão contribuir para recuperar a economia brasileira em 2012.

"O Brasil é um país que continua com dinamismo, crescendo mais de 3%, um nível bastante favorável em um ano de crise internacional. Tenho dados que mostram que, em novembro e dezembro, a economia já voltou a crescer", afirmou.

A economia brasileira se estagnou no terceiro trimestre e entre janeiro e setembro acumula um avanço de 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB).

Em relação a 2012, Mantega manteve sua previsão de crescimento de entre 4% e 5%, taxa que está acima dos cálculos do mercado, que situam o PIB brasileiro em 3,4%. EFE

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