Atenas, 11 abr (EFE).- A Grécia se mostrou satisfeita com o
acordo conseguido hoje pelos países da zona do euro sobre as
condições para disponibilizar um primeiro empréstimo de 30 bilhões
de euros quando for necessário, mas insistiu que seu país ainda não
pediu que se ative esse mecanismo.
O ministro das Finanças grego, Yorgos Papaconstantinu, disse que
"o objetivo é, e acreditamos que vamos conseguir, continuar obtendo
empréstimos sem dificuldades por parte dos mercados".
Papaconstantinu assinalou, no entanto, que a decisão tomada hoje
é importante tanto para a Grécia como para a zona do euro "e mostra
a confiança dos parceiros europeus na Grécia".
Nesse sentido, manifestou que a mensagem de hoje é que seja
"reconhecido os grandes esforços dos gregos", em relação ao forte
corte de gastos iniciado pelo Governo para reduzir o déficit público
e a enorme dívida do país.
A Agência de Gestão da Dívida Grega informou que o país necessita
de 32 bilhões de euros para cumprir com suas obrigações de
pagamentos até o final de ano.
Caso a Grécia solicite efetivamente, a ajuda financeira seria em
forma de empréstimos bilaterais por parte dos membros da zona do
euro, sob a coordenação da Comissão Europeia (CE), que seriam
concedidos à Grécia no primeiro ano.
A outra parte da ajuda seria fornecida pelo Fundo Monetário
Internacional (FMI), embora não tenham esclarecido a quantia dessa
hipotética contribuição.
O preço dos empréstimos bilaterais europeus será fixado de acordo
com as fórmulas usadas pelo FMI e será em torno de 5% no primeiro
ano para crédito de três anos.
A desconfiança na capacidade da Grécia de cumprir com seus
pagamentos obrigou o Tesouro grego a oferecer aos investidores juros
superiores a 7% para cumprir suas obrigações a dez anos. Esse nível
representa um recorde desde a adesão do país à zona do euro e põe em
risco o êxito de seu complicado ajuste fiscal. EFE