Bilbao (Espanha), 14 jun (EFE).- Uma exposição aberta nesta terça-feira ao público do Museu Guggenheim de Bilbao insere o visitante na evolução do expressionismo abstrato ao longo de duas décadas, tanto na Europa como nos Estados Unidos.
A mostra, que poderá ser vista até o dia 8 de janeiro de 2012, exibe as principais tendências da corrente pictórica: a gestual, a cinética ou óptica e a dos campos de cor, por meio de 80 obras de 60 artistas como Jackson Pollock, Willem de Kooning, Alberto Burri, Ellsworth Kelly, Antoni Tàpies e Victor Vasarely.
A exposição foi apresentada nesta terça-feira, em entrevista coletiva, por sua curadora, a responsável de Coleções e Exposições do Museu Guggenheim de Nova York, Tracey Bashkoff.
O espectador poderá apreciar as "surpreendentes afinidades existentes entre artistas que trabalharam em dois continentes diferentes, em uma época de grandes avanços criativos para a pintura tanto na Europa como na América do Norte", segundo a especialista.
O percurso começa em uma sala dedicada à tendência denominada "abstração gestual", caracterizada pela utilização de superfícies densamente pintadas com cores vivas, além da utilização de materiais até então pouco convencionais como areia, cordas, farrapos e madeira.
Entre as obras expostas estão os quadros de artistas do denominado grupo "COBRA" - formado pelas letras CO de Copenhague, BR de Bruxelas e A de Amsterdã - entre os quais se destacam o belga Pierre Alechinsky, o holandês Karel Appel e o dinamarquês Asger Jorn.
Outra sala recebe as peças mais representativas do Grupo Zero, integrado por artistas europeus enquadrados na tendência chamada "arte cinética", que procura dar movimento a suas composições, ou representantes da "arte óptica", que buscam efeitos especiais e jogos ópticos através do uso de formas geométricas.
Os artistas mais representativos dessa corrente na exposição são o alemão Heizn Mack, o italiano Piero Manzoni, o israelense Yaacov Agam e o polonês Víctor Vasarely.
A mostra é concluída com quadros dos artistas da corrente "campos de cor", onde a cor, de forma monocromática ou em combinações bicromáticas e policromáticas, é a única protagonista das composições.
Os destaques desta seção são as obras de Elsworth Kelly, Morris Louis, Hans Hofmann e Mark Rothko. EFE