Brasília, 16 abr (EFE).- A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, destacou nesta segunda-feira em Brasília o fortalecimento das relações econômicas e comerciais como elemento fundamental nos laços entre os dois países.
"A dimensão econômica cresceu enormemente" nas relações bilaterais, disse a chefe da diplomacia americana em discurso pronunciado na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Hillary ressaltou que os "assuntos econômicos se tornaram ainda mais centrais entre os países" e assegurou que as empresas americanas que estão investindo no Brasil apostam na pesquisa e no desenvolvimento.
Na presença de um considerável número de empresários, a secretária de Estado assinalou a importância de apoiar o investimento nesses âmbitos pelo fato de contribuírem "a alcançar os desafios de nosso tempo".
Hillary disse que há muitos assuntos pendentes na agenda dos países, como elaborar um tratado para evitar a dupla tributação, um pacto para investimentos e, no futuro, um eventual acordo de livre-comércio, ao mesmo tempo em que defendeu intensificar uma "conexão mais rápida entre os povos" de Brasil e EUA.
"Estou aqui porque acredito que podemos fazer muito mais", declarou Hillary, que advogou por relações "duradouras, mais fortes e mais profundas" e explicou seu "compromisso" em garantir que o setor privado exerça um papel central.
A secretária de Estado também qualificou de "muito bem-sucedida" a reunião da semana passada entre a presidente Dilma Rousseff e seu colega americano, Barack Obama.
Além disso, se referiu à Cúpula das Américas, realizada no fim de semana passado em Cartagena (Colômbia), encontro no qual assegurou que os diferentes líderes manifestaram a preocupação comum pela escassez de trabalhadores qualificados na região e acrescentou que as autoridades devem ser "inteligentes para preencher esse vazio".
Também se referiu ao aumento da despesa dos turistas brasileiros nos EUA e reiterou que o governo americano está agilizando os trâmites para facilitar a concessão de vistos aos cidadãos do Brasil.
Antes de Hillary falou o secretário de Interior americano, Ken Salazar, que disse que Obama é consciente da importância de começar "um novo dia" nas relações bilaterais.
Lembrou que os brasileiros estão viajando em números recorde aos EUA e assegurou que é necessário incentivar novos destinos turísticos, além de Orlando e Nova York.
O fluxo comercial entre EUA e Brasil alcançou US$ 60 bilhões em 2011. Os EUA, segundo parceiro comercial do Brasil depois da China, ocupam também a segunda posição como emissor de turistas ao país. EFE