Washington, 13 dez (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, exaltaram os feitos do enviado especial para o Afeganistão e Paquistão, Richard Holbrooke, que morreu nesta segunda-feira após sofrer um rompimento na aorta.
Em comunicado distribuído pela Casa Branca, Obama assegurou que como diplomata Holbrooke, de 69 anos, "foi um verdadeiro gigante da política externa que fez dos EUA um país mais forte, mais seguro e mais respeitado".
Os progressos alcançados no Afeganistão e Paquistão nos últimos tempos "se devem muito ao incansável foco de Richard nos interesses dos EUA e à sua busca pela paz e segurança", destacou Obama.
"No mundo todo há milhões de pessoas que tiveram as vidas salvas e enriquecidas pelo seu trabalho", finalizou o presidente americano.
Antes de Obama, Hillary havia manifestado que Holbrooke demonstrara, durante 50 anos a serviço dos EUA, "um brilho pouco comum e uma determinação única. Era único, um verdadeiro estadista".
"Hoje, os EUA perderam um de seus defensores mais ferozes e um de seus funcionários mais dedicados", acrescentou a secretária de Estado em comunicado.
Desde o começo de sua carreira diplomática no Vietnã, quando tinha apenas 20 anos, até seu êxito em conseguir a paz na Bósnia e sua última missão no Afeganistão e Paquistão, "Richard ajudou a forjar nossa história, a tramitar nosso perigoso presente e a garantir o futuro", sustentou.
Holbrooke havia sido hospitalizado na sexta-feira após ter sentido dores no peito enquanto trabalhava em seu escritório no Departamento de Estado.
O diplomata foi operado de urgência depois de ter sido diagnosticado um rompimento na aorta e desde então ficou internado em estado muito grave.
Holbrooke, que já tivera coágulos no sistema sanguíneo no passado, foi ex-embaixador dos EUA na ONU e artífice dos acordos de Dayton, que puseram fim à guerra na Bósnia. O diplomata foi designado em janeiro de 2009 pelo presidente Barack Obama para executar a nova estratégia americana no Afeganistão e Paquistão. EFE