Rio de Janeiro, 6 dez (EFE).- A economia brasileira teve variação nula no terceiro trimestre do ano, mas no acumulado dos nove primeiros meses de 2011 obteve expansão de 3,2%, detalhou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Produto Interno Bruto (PIB) não cresceu no terceiro trimestre em comparação com os três meses anteriores, porém registrou crescimento de 2,1% em relação ao mesmo período de 2010.
Outro dado positivo revelado pelo IBGE é que a estagnação da atividade econômica entre julho e setembro não impediu ao PIB acumular crescimento de 3,7% nos últimos 12 meses.
A expectativa do Governo era essa mesma, crescimento nulo no terceiro trimestre e previsão de ligeira recuperação no quarto, o que permitirá ao Brasil fechar 2011 com expansão próxima de 3,5%.
Por sua vez, os economistas do setor financeiro consultados na semana passada pelo Banco Central preveem crescimento de 3,09% para 2011 e 3,48% para 2012.
Em qualquer dos dois casos, o crescimento do PIB brasileiro deste ano será menos da metade dos 7,5% de 2010, quando o país obteve sua maior expansão em 25 anos.
O Governo considera que o resultado acumulado do ano demonstra que o país, graças a seu crescente mercado interno, conseguiu driblar a crise econômica internacional que afeta principalmente suas exportações e o crescimento da indústria.
Pelos números do IBGE, o crescimento zero do terceiro trimestre foi consequência precisamente do mau desempenho da indústria, cuja produção encolheu 0,9%.
O resultado foi compensado pela agropecuária, que cresceu 3,2% favorecido pelo aumento dos preços de alimentos exportados pelo Brasil, já que o setor serviços teve retração de 0,3%.
Em comparação com o terceiro trimestre de 2010, o crescimento de 2,1% foi impulsionado igualmente pela agropecuária, cuja produção aumentou 6,9%, seguida por serviços (2%) e a indústria (1%).
O consumo das famílias, que havia se transformado no motor da economia brasileira nos últimos anos devido ao crescimento da renda e à redução do desemprego e da pobreza, registrou retração de 0,1% no terceiro trimestre em comparação com o segundo.
No entanto, o consumo das famílias cresceu 2,8% no terceiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado. EFE