Por Gabriela Baczynska e John Chalmers e Guy Faulconbridge
BRUXELAS/LONDRES (Reuters) - As negociações comerciais pós-Brexit estavam no fio da navalha nesta segunda-feira, à medida que Reino Unido e União Europeia faziam sua última tentativa de superar diferenças significativas e chegar a um acordo que evite uma saída desordenada em apenas 24 dias.
Com o crescente temor de um caos sem acordo comercial depois que o Reino Unido finalmente deixar a órbita da UE, em 31 de dezembro, as negociações serão retomadas em Bruxelas antes de que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, analisem a situação na noite desta segunda-feira.
O primeiro-ministro irlandês, Micheal Martin, disse no domingo que as chances de um acordo eram de 50-50. O banco de investimentos JPMorgan disse que as chances de uma saída sem acordo aumentaram de 20% para um terço.
A libra caía devido às preocupações de que não haverá um acordo cobrindo um comércio anual de quase 1 trilhão de dólares.
O negociador-chefe da UE, Michel Barnier, estava "bastante abatido quanto às perspectivas de um acordo" quando falou a enviados nacionais durante uma refeição em Bruxelas na manhã desta segunda-feira, segundo um diplomata que participou da reunião.
"As negociações UE-Reino Unido chegaram na reta final, o tempo está se esgotando rapidamente", disse outro diplomata da UE. "Cabe ao Reino Unido escolher entre ... um resultado positivo ou um resultado sem acordo."
As negociações comerciais não parecem boas, a menos que o Reino Unido compreenda a necessidade de encontrar um meio termo em três principais questões pendentes, disse a comissária de Serviços Financeiros da UE, Mairead McGuinness, nesta segunda-feira.