Investing.com - O dólar continuou em queda frente às outras principais moedas nesta quinta, apesar dos dados positivos de pedidos de seguro-desemprego dos EUA, com os mercados ainda digerindo a decisão de política do Banco da Inglaterra, que saiu mais cedo, bem como o relatório do Fed, divulgado ontem.
O par EUR/USD avançou 0,33%, a 1,0805, próximo da máxima de oito semanas atingida nesta madrugada: 1,0819.
O Ministério do Trabalho dos Estados Unidos afirmou que os pedidos de seguro-desemprego, na semana encerrada no dia 28 de janeiro, apresentou queda de 14.000, fechando em 246.000, frente a um total corrigido de 260.000 da semana anterior.
Os analistas esperavam que os pedidos de seguro-desemprego exibissem redução de 9.000, para um total de 250.000, na semana passada.
Os dados vieram após o Fed decidir não fazer alterações nas taxas de juros ao concluir sua reunião de política de dois dias ontem, em uma decisão que já era amplamente esperada.
O dólar enfraqueceu após o otimismo quanto à força da economia americana diminuiu após diretores do Fed afirmarem que alguns indicadores de inflação baseados no mercado continuam baixos.
No entanto, o Fed também afirmou que o crescimento continua sólido no setor de empregos e que a inflação e a confiança de mercado aumentaram.
A libra não manteve os avanços do início do dia, com o par GBP/USD recuando 0,87%, sendo negociado a 1,2553, saindo da máxima de sete semanas de 1,2706, alcançada no início da sessão.
A libra sofreu desvalorização após o Banco da Inglaterra aumentar as estimativas para o crescimento e a inflação, mas indicar que continua confortável com as taxas de juros em uma mínima recorde.
Além disso, o comitê de política monetária do BoE votou por 9 a 0 pela manutenção das taxas de juros em 0,25% nesta quinta, confirmando as previsões.
Mais cedo nesta quinta, a Markit, empresa de pesquisas de mercado, e o Chartered Institute of Purchasing & Supply afirmaram que seus índices de atividades dos gerentes de compras recuaram para 52,2 no mês passado, após uma leitura de 54,2 em dezembro.
Os economistas esperavam recuo do índice para 53,8 em janeiro.
O par USD/JPY apresentou queda de 0,90%, a 112,20, ainda próximo da mínima de dois meses de 112,04, atingida na terça, e o par USD/CHF recuou 0,50%, sendo negociado a 0,9882.
Os dólares australiano e neozelandês apresentaram mais força, com o par AUD/USD valorizando-se 1,33%, em uma máxima de quase três meses de 0,7691 e o par NZD/USD obtendo acréscimo de 0,71%, a 0,7331.
A moeda australiana ganhou força após dados hoje cedo mostrarem que o superávit comercial da Austrália aumentou para A$ 3,511 bilhões em dezembro, de um número corrigido de A$ 2,040 bilhões em novembro. Os analistas esperavam que o superávit chegasse a A$ 2,2 bilhões em dezembro.
Um outro relatório mostrou que as aprovações para construções recuaram em 1,2% em dezembro, comparado com as expectativas de queda de 2%.
Enquanto isso, o par USD/CAD registrou queda de 0,45%, operando a 1,2990, próximo da mínima de quatro meses atingida na terça: 1,2967.
O índice dólar americano, que mede a força da moeda frente a uma carteira ponderada das seis principais moedas do mercado, apresentou queda de 0,36%, cotado a 99,33, o nível mais baixo desde 14 de novembro.