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Inflação chinesa alcança em junho seu máximo em 3 anos

Publicado 09.07.2011, 00:44
Atualizado 09.07.2011, 01:29

Pequim, 9 jul (EFE).- O Índice de Preços ao Consumidor da China (IPC), o principal indicador da inflação no país asiático, subiu a 6,4% em junho, na comparação anualizada, o maior nível desde o mesmo mês de 2008, informou neste sábado o Birô Nacional de Estatísticas (BNE).

O principal motivo da alta foi o encarecimento dos alimentos, que contribuem com um terço da despesa no IPC e cujo preço subiu 14,4% em junho, na comparação com o mesmo mês de 2010.

Excetuando os produtos do setor alimentício, os preços avançaram 3% em junho, contra 2,9% de maio, segundo o BNE.

A inflação chinesa foi mais acusada nas zonas urbanas do país asiático, com 7%, contra 6,2% nas áreas rurais.

Os dados de junho superam o objetivo inflacionário de 4% previsto pelo Executivo chinês, preocupado com a instabilidade social que possa ser gerada pela alta dos preços dos produtos básicos.

A inflação registrada em maio foi de 5,5%.

No mês passado, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, reconheceu que seu Governo vem encontrando dificuldades para alcançar o objetivo de 4%, após aplicar medidas como restringir os créditos bancários mediante o aumento do depósito compulsório e aumentar as taxas de juros em cinco ocasiões desde outubro, a última delas esta semana.

Embora alguns analistas assegurem que a pressão inflacionária diminuirá no segundo semestre do ano, as medidas governamentais para conter o encarecimento dos preços provocaram o temor de que ocorra uma freada forte na segunda maior economia do globo, o que teria graves consequências para o resto do mundo. EFE

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