Bruxelas, 14 jul (EFE).- A taxa de inflação anualizada na zona do
euro desceu dois décimos entre maio e junho, até 1,4%, segundo o
cálculo definitivo publicado nesta quarta-feira pelo Eurostat, o
escritório estatístico europeu.
No conjunto da União Europeia, a inflação anualizada foi de 1,9%
em junho, contra 2% registrado no mês anterior. Os preços de consumo
permaneceram estáveis em junho em comparação com maio, tanto nos
países da moeda única como no geral da União.
As taxas de inflação anualizada mais baixas foram as da Irlanda
(-2%), Letônia (-1,6%) e Holanda (0,2%), enquanto as mais altas
foram da Grécia (5,2%), Hungria (5%) e Romênia (4,3%).
Os preços continuaram subindo nas grandes economias da UE, embora
em menor ritmo que em meses anteriores.
A França teve em junho uma inflação anualizada de 1,7%, após 1,9%
do mês anterior, enquanto o índice na Alemanha baixou até 0,8%, após
ter ficado em 1,2% em maio.
A Itália, por sua vez, teve 1,5% em junho (contra 1,6% de maio),
enquanto a inflação no Reino Unido seguiu alta, com 3,2%, embora
dois décimos abaixo do valor do mês anterior (3,4%).
No total, segundo os dados publicados pelo Eurostat, a taxa
anualizada de inflação caiu em 15 Estados-membros, permaneceu
estável em quatro e subiu em oito.
Em relação à evolução de preços por setor, destaque para o
encarecimento da energia no último ano, até 6,2% na zona da divisa
única.
O preço dos combustíveis para transportes, por exemplo, aumentou
até 11,6%, uma alta que somou à taxa geral 0,45 pontos.
O gasóleo para calefação, que subiu até 24,8%, também empurrou os
números para cima, acrescentando 0,17 pontos à taxa geral.
Se forem excluídos os produtos energéticos e os alimentos
frescos, cujos preços costumam variar mais, a taxa da inflação
anualizada dos países do euro seria de 0,9%.
Por categorias de produtos e serviços, na área do euro também se
destaca a alta anual do preço dos transportes (3,9%) e do álcool e o
tabaco (3,7%), contra números baixos nas comunicações (-1,1%),
atividades de lazer e cultura (-0,2%) e alimentos (0,2%). EFE