Roma, 14 dez (EFE).- A Direção de Investigação Antimáfia (DIA) de
Nápoles, na Itália, confiscou hoje bens avaliados em cerca 20
milhões de euros pertencentes supostamente a Michele Zagaria, um dos
máximos chefes do clã camorrista dos Casaleses.
Com a operação foram confiscados imóveis, ações e contas
correntes pertencentes a cinco pessoas, consideradas pelos
investigadores testas-de-ferro de Zagaria, incluído na lista dos 10
fugitivos mais procurados do país.
Zagaria havia determinado ao empresário Aldo Bazzini à
organização do investimento do dinheiro por meio das atividades
ilegais, como uma rede de empresas e sociedades do setor da
construção e de venda de imóveis.
Além disso, com o dinheiro foram compradas casas de luxo na
Itália, apólices de seguros de vida.
A operação é consequência das informações conseguidas pela
polícia depois da prisão e da condenação de Bazzini, em 9 de junho.
Segundo as investigações, Bazzini usou de suas aptidões
empresariais para entrar em sociedades vinculadas à Camorra para
realizar de infraestrutura como a linha ferroviária de alta
velocidade Nápoles-Roma.
As empresas fechadas como "Italcostruzioni Nord" e "Ducato
Immobiliare", entre outras, estão em nome de filhos de Bazzini.
Também foram expropriados seis apartamentos e um chalé de 250 metros
quadrados em Parma.
Este golpe às finanças da Camorra se soma ao realizado em 25 de
novembro, quando foram confiscados outros bens avaliados em 120
milhões de euros pertencentes supostamente às "famílias" Belforte,
Bidignetti e Zagaria, que compõem o clã dos Casaleses. EFE