Georgetown (Guiana), 23 mar (EFE).- A falta de conhecimento da
legislação sobre o fluxo de bens, as obrigações alfandegárias e os
impostos são alguns dos fatores que explicam o baixo intercâmbio
comercial entre Brasil e Guiana, afirmou hoje o embaixador
brasileiro Gilberto Seixas de Andrade.
"Ao mesmo tempo em que aumentamos o comércio entre os dois
países, queremos conseguir um balanço comercial mais equilibrado",
disse Luis Gilberto, embaixador na Guiana, num fórum organizado por
uma missão comercial brasileira.
A delegação de empresários saiu de Roraima para encontrar
maneiras de aumentar o uso da ponte do rio Takatu e, assim,
impulsionar o comércio e serviços entre os dois países.
As estatísticas mais recentes mostram que em 2009 o intercâmbio
comercial entre Brasil e Guiana foi de US$ 17 milhões, comparado com
os US$ 20 milhões registrados em 2008.
O diplomata descartou que a queda tenha relação com a dificuldade
no transporte, dificultado antes da abertura da ponte sobre o rio
Takatu, e atribuiu a situação à falta de conhecimento da legislação.
Os empresários de Roraima acreditam que a abertura da ponte vai
aumentar a velocidade com que seus produtos chegam aos portos do
oceano Atlântico e, consequentemente, a América do Norte, Caribe e
Europa.
Brasil e Guiana já assinaram um acordo de transporte por terra
sobre o movimento de mercadorias e passageiros e estabeleceram uma
alfândega e patrulhas de imigração em (Guiana) e Bonfim (Roraima).
Cerca de cinco mil brasileiros, alguns naturalizados guianenses,
trabalham no país vizinho, principalmente nas minas de ouro e
diamantes. EFE