Itaú BBA vê Selic a 9,25% e inflação de 4% no final do ano

Publicado 10.02.2017, 12:34
Itaú BBA vê Selic a 9,25% e inflação de 4% no final do ano
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Investing.com - O Itaú (SA:ITUB4) BBA revisou a sua projeção de IPCA para 4,4% em 2017, valor abaixo da meta de inflação de 4,5% fixada pelo governo. A última vez que a inflação oficial fechou o ano abaixo da meta foi em 2009, com 4,31%, quando a economia brasileira freou fortemente como efeito da crise internacional que estourou no ano anterior.

O banco ainda projeta um IPCA de 3,8% para 2018, contra 4% anteriormente projetado, o que seria a menor inflação anual desde 2006. Para esse cenário, a Selic seria reduzida dos 13% atuais para 9,25% em dezembro e para 8,25% no fim do próximo ano.

Para 2019, o Itaú BBA prevê a possibilidade de redução da meta de inflação para 4%, redução de 0,5 p.p. frente aos 4,5% em vigor desde 2005. “A materialização de uma inflação abaixo do centro da meta, em alguns momentos ao longo deste ano, deve criar oportunidade para uma discussão sobre redução da meta de inflação para os anos seguintes”, afirma o banco em relatório enviado à clientes.

Este cenário benigno traçado pelo banco, contudo, corre o risco de não se materializar a depender das condições de mercado do ambiente internacional, o que poderia contribuir para um real mais desvalorizado. No horizonte do final de 2017, o Itaú BBA aposta em um dólar mais alto do que o patamar atual, com R$ 3,35, que subirá para R$ 3,45 ao longo do próximo ano.

O clima político interno também poderá atrapalhar essa desinflação da economia, com o aumento do risco país e se uma crise política atrapalhar a aprovação das reformas propostas pelo governo. O banco acredita em aprovação da reforma da Previdência no segundo trimestre deste ano.

Caso a recessão se alongue, a pressão desinflacionária pode ser ainda maior. O Itaú BBA vê uma recuperação da economia na margem, com alta na atividade industrial em dezembro, redução no ritmo de fechamento de vagas, maior número de indicadores econômicos em alta e a melhoria na confiança de empresários e consumidores. A previsão para o PIB foi mantida em 1% neste ano e 4% em 2018.

Atualizado às 16h10 para correção de informação

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