Washington, 11 jul (EFE).- A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, reconheceu nesta segunda-feira o esforço da Grécia para reduzir seu déficit, mas avaliou que não é o suficiente.
"A Grécia fez muito para reduzir o déficit e alcançar consolidação fiscal no patamar de 5% do Produto Interno Bruto (PIB)", disse Lagarde em um encontro com um pequeno grupo de jornalistas em Washington.
"É uma conquista significativa, mas não é o suficiente. É preciso fazer mais", ressaltou a ex-ministra de Finanças francesa, que assumiu as rédeas do FMI na semana passada.
Lagarde evitou entrar em detalhes sobre o papel que pode ter o setor privado na reestruturação da dívida grega e a participação do FMI em um segundo pacote de resgate.
A diretora-gerente indicou que serão Comissão Europeia (CE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI), junto com o Governo grego, os encarregados de solucionar os problemas no país.
Suas declarações coincidiram com a reunião de ministros de Finanças da zona do euro realizada nesta segunda-feira em Bruxelas, na qual foi abordada a crise grega em um contexto de grande tensão nos mercados que afetaram as dívidas espanhola e italiana.
A reunião não alcançou avanços com relação ao segundo pacote de resgate à Grécia, mas propôs um conjunto de medidas para evitar um possível contágio.
Os ministros do euro se mostraram dispostos a melhorar a flexibilidade e o alcance do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira para assistir países com problemas de financiamento, assim como aumentar os prazos de devolução e diminuir os juros aplicados aos empréstimos dos países resgatados (Portugal, Irlanda e Grécia).
O FMI aprovou na sexta-feira o desembolso de 3,2 bilhões de euros para a Grécia e pediu ao país uma rápida e enérgica implementação do programa de ajuste.
O montante aprovado na sexta-feira, parte do resgate conjunto com a Europa de 110 bilhões de euros, chega depois de a zona do euro liberar no início deste mês um pacote de ajuda de 12 bilhões de euros para auxiliar a Grécia de forma imediata. EFE