Chillán (Chile), 3 set (EFE).- O crescimento do mercado e o novo
fluxo previsto de passageiros entre Brasil e Chile após a aliança
entre as companhias aéreas LAN e TAM "desenvolverá de forma potente
o turismo no Chile", disse hoje Juan Carlos Altmann, gerente-geral
de voos de longa distância da LAN.
O diretor da companhia aérea chilena é um dos participantes do 32
Congresso da Associação Chilena de Empresas de Turismo (Achet),
realizado até este sábado na cidade de Chillán, cerca de 400
quilômetros ao sul de Santiago.
Segundo o executivo, devido ao aumento dos voos previsto pela
aliança com a brasileira TAM, a LAN cogita "dobrar a frota daqui até
2015 ou 2018".
Altman acrescentou que a união entre as duas companhias gerará
lucros de US$ 8,5 milhões, abrangendo 116 destinos dos voos, o que a
transformará "claramente na principal empresa na região".
A LAN e a TAM anunciaram no mês passado um acordo para formar o
grupo Latam, que, caso se concretize, contará com 40 mil
funcionários e oferecerá voos para 116 destinos de 23 países.
"Este acordo só pode trazer vantagens à América Latina", disse à
Agência Efe Pedro Margozzini, diretor de marketing da LAN.
Por sua vez, Marcus Peixoto, diretor regional da empresa Amadeus,
provedora de tecnologia da LAN e da TAM, afirmou à Efe que a fusão
entre as duas vai trazer "oportunidades para todos".
Já o presidente da Associação Chilena de Empresas de Turismo
(Achet), Guillermo Correa, indicou que a aliança é "uma grande
oportunidade e, assim, o mercado o reconheceu", referindo-se ao bom
desempenho das ações do novo grupo na bolsa.
No entanto, Correa expressou preocupação com a concorrência no
mercado aeronáutico. "É uma empresa muito forte. Por isso, a
autoridade deve velar pelos interesses do consumidor. Se a linha
aérea finalmente se transformar no maior distribuidor, a
concorrência definitivamente ficará difícil", indicou à Efe. EFE