Washington, 31 jul (EFE).- O líder da maioria democrata no Senado dos Estados Unidos, Harry Reid, anunciou neste domingo que apoia o plano para elevar o teto da dívida que a Casa Branca negociou com os líderes republicanos, segundo indicou seu porta-voz em comunicado.
Reid apoiará o plano se os democratas no Congresso o aprovarem, segundo detalhou o porta-voz Adam Jentleson.
Pouco antes, na saída de uma reunião com outros líderes democratas, Reid afirmou que "espera" que o Senado possa votar nas próximas horas o plano negociado a portas fechadas neste fim de semana entre a Casa Branca e o líder da minoria republicana na Casa, Mitch McConnell.
Tanto o presidente Barack Obama como o vice-presidente Joe Biden tiveram um papel ativo nas conversas, que se intensificaram depois que os planos partidários fracassaram no Congresso na sexta-feira e no sábado.
O plenário do Senado rejeitou neste domingo abrir o caminho para que o plano de Reid pudesse ser votado nesta segunda-feira sem mais debates, em uma votação que deixou a proposta em um segundo plano frente à negociada na Casa Branca.
O próprio McConnell afirmou neste domingo que o projeto definitivo para evitar que o país entre em moratória em 2 de agosto está "muito próximo".
Em entrevista concedida à "CNN", o senador republicano afirmou acreditar que esse acordo será concretizado "em breve", e antecipou que inclui uma redução do déficit de US$ 3 trilhões nos próximos 10 anos e que não contará com "nenhum aumento de impostos".
Segundo o jornal especializado "Politico", o acordo se baseia na proposta do presidente da Câmara de Representantes, John Boehner, que permitiria economizar US$ 917 bilhões nos próximos 10 anos e elevaria o teto da dívida em US$ 900 bilhões em duas fases antes do final deste ano.
Após uma redução imediata do déficit de cerca de US$ 1 trilhão, um novo comitê bipartidário no Congresso se encarregaria de estudar e recomendar quais cortes fazer para garantir pelo menos US$ 1,5 trilhão adicionais a menos de déficit. EFE