Nova York, 24 jun (EFE).- A Nike informou hoje que arrecadou
US$1,486 bilhões em seu último exercício fiscal, 21% a menos que no
ano anterior, afetada pela recessão econômica e pelos custos gerados
pelo processo de corte de funcionários.
A empresa, com sede em Beaverton, no estado do Oregon, explicou
hoje que somente em seu quarto trimestre fiscal (março-maio)
registrou uma queda nos lucros de 30%, em comparação com o mesmo
período do ano anterior, que ficou com US$ 341,4 milhões.
O faturamento anual da Nike aumentou 3%, para US$ 19,176 bilhões,
embora o correspondente ao quarto trimestre tenha caído 7%, para US$
4,713 bilhões.
No final de seu ano fiscal, a empresa teve um custo
extraordinário de US$ 195 milhões em despesas de reestruturação,
devido à demissão de aproximadamente 1.750 funcionários, o que
equivale a 5% de equipe e que foi anunciada em maio.
A Nike explicou que completava assim o processo de revisão de sua
força de trabalho, que tem aproximadamente 35 mil empregados,
iniciado em fevereiro, com o objetivo de melhorar o atendimento a
seus clientes, acelerar a tomada de decisões e criar uma estrutura
mais sólida.
Esses custos de reestruturação reduziram seu resultado líquido
trimestral de 98 para 70 centavos por ação.
O lucro líquido por ação de todo o ano ficou em US$ 3,03, o que
significa uma queda de 19%, comparado ao ano anterior.
As vendas anuais de marcas como Converse, Cole Haan e Hurley
caíram 5% nos EUA, onde a Nike faturou US$ 1,337 bilhão; e subiram
13% no resto do continente americano, para US$ 274,1 milhões.
Na Ásia e no Pacífico, as vendas da companhia aumentaram 23%,
alcançando os US$ 853,4 milhões e aumentaram também 3% na Europa,
Oriente Médio e África, com US$ 1,315 bilhões.
Os pedidos recebidos pela Nike no mundo todo - uma variável que
costuma ser utilizada para prever a situação de seus negócios nos
próximos meses - caíram 12%, para US$ 7,8 bilhões, no período de
junho até novembro.
As ações da Nike caíram 0,97% hoje na Bolsa de Nova York,
registraram queda de 4,75% nas operações eletrônicas e foram
negociadas a US$ 50,50. EFE