Washington, 2 ago (EFE).- O magnata americano Sydney Harman, de
91 anos, comprou a revista "Newsweek" do grupo editorial The
Washington Post por um valor não revelado, informou hoje a
companhia.
A venda ocorre três meses depois de o presidente do grupo
editorial, Donald E. Graham, admitir que sua empresa não via como
tornar a revista rentável.
O diretor-executivo da "Newsweek", John Meacham, que tentou
reunir financiamento para comprar a revista, renunciará ao cargo. No
entanto, a maioria dos 350 funcionários da publicação conservará
seus postos, segundo a empresa.
O compromisso de Harman de manter a maioria dos funcionários o
ajudou a ter vantagem dentro de um pequeno grupo de adversários no
processo de leilão da revista.
O grupo editorial The Washington Post, que adquiriu a revista em
1961, seguirá, no entanto, pagando as aposentadorias do elenco da
"Newsweek", uma joia da companhia durante décadas, mas que teve
problemas nos últimos anos por causa da perda de leitores e da queda
na publicidade.
De acordo com o jornal "The Wall Street Journal", sua operação
envolve despesas de aproximadamente US$ 180 milhões somente em 2010.
A divisão de revistas do grupo The Washington Post teve receitas
de US$ 31,4 milhões em 2007, mas registrou perdas operacionais de
US$ 47,5 milhões em 2009.
A revista conta com 1,5 milhão de assinantes, menos da metade dos
3,2 milhões que teve em seu auge.
A falta de rentabilidade da revista não parece preocupar seu novo
proprietário que, segundo o "Wall Street Journal", disse a amigos
que não tem pressa em ganhar dinheiro.
Fundada em 1933, a "Newsweek" registra perdas desde 2007 e deve
fechar no vermelho novamente neste ano.
A revista cortou mais de 150 postos de trabalho em 2008 e em
2009, o que ajudou a reduzirr suas despesas operacionais em mais de
US$ 60 milhões. Nesse mesmo período, entretanto, a publicação perdeu
US$ 100 milhões. EFE.