Investing.com - O dólar subia à máxima do dia frente a uma cesta de outras importantes moedas nesta quarta-feira após dados terem mostrado que o crescimento econômico dos EUA no quarto trimestre foi mais acelerado do que foi estimado inicialmente.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, tinha alta de 0,35% e chegava a 89,26 às 09h53, não muito distante de 88,53, mínima de cinco semanas atingida na terça-feira.
O Departamento de Comércio dos EUA informou que a economia do país cresceu 2,9% em base anual nos três últimos meses de 2017, alta a partir da estimativa anterior de 2,5%, porém desacelerando um pouco a partir do crescimento de 3,2% no terceiro trimestre.
Os gastos dos consumidores tiveram revisão para cima e ficaram em 4,0% a partir de 3,8% na segunda estimativa, que foi o maior aumento em três anos.
Os dados deixaram o caminho livre para um ritmo um pouco mais agressivo de aumentos dos juros do Federal Reserve ainda neste ano. Na semana passada, o Fed elevou as taxas de juros pela primeira vez neste ano e manteve sua projeção de três aumentos neste ano.
Os dados positivos compensavam as efervescentes preocupações sobre a possibilidade de uma guerra comercial entre EUA e China.
Novos temores de possibilidade de uma guerra comercial atingiram o mercado após o Global Times, jornal estatal chinês, ter afirmado nesta quarta-feira que Pequim poderia anunciar logo uma longa lista de tarifas sobre produtos de importação dos EUA em resposta às sobretaxas planejadas neste país sobre produtos importados da China.
Relatos de que Donald Trump, presidente norte-americano, teria discutido as práticas comerciais da China com Angela Merkel, chanceler alemã, e Emmanuel Macron, presidente francês, também abalaram as esperanças de que o risco de uma guerra comercial estaria diminuindo.
Temores dos investidores de que tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo poderiam ficar fora de controle e causarem impacto na economia global.
O dólar subia frente ao iene, com o par USD/JPY avançando 0,78% para 106,16.
O iene permanecia sob pressão após Haruhiko Kuroda, presidente do Banco do Japão, ter afirmado na quarta-feira que o banco central precisa manter sua estrutura atual de flexibilização monetária para atingir sua meta de inflação.
O euro caía à mínima do dia frente ao dólar, com o par EUR/USD recuando 0,14% para 1,2386.
A libra também estava em baixa, com o par GBP/USD caindo 0,11%, negociado a 1,4141.
Investidores aguardam dados norte-americanos sobre vendas de imóveis usados, previstos para ainda hoje.