Investing.com - O euro recuperava cerca de 1% frente ao dólar nesta terça-feira com o impulso de comentários de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, enquanto o dólar estava amplamente em baixa antes de comentários de Janet Yellen, presidente do Federal Reserve.
O par EUR/USD atingiu a máxima de 1,1305, o nível mais alto desde 14 de junho, e estava cotado a 1,1288 às 11h03 (horário de Brasília).
O euro se fortaleceu após Draghi afirmar que os fatores que pesavam na inflação eram em grande parte temporários, acrescentando que o banco poderia examiná-los.
Draghi afirmou que o BCE vê crescimento acima da tendência e bem distribuído por toda a área de moeda única, mas reiterou que "um grau considerável" de estímulo é ainda necessário à zona do euro e que o BCE precisa ser "prudente" em como reduz esse estímulo.
O euro também estava mais alto frente ao iene e à libra, com o par EUR/GBP avançando 0,57% para 0,8840 e o par EUR/JPY subindo 1,08% para 126,41.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, recuava 0,63% para 96,49 com o peso do euro mais forte.
O dólar subia frente ao iene, com o par USD/JPY avançando 0,15% para 112,06 enquanto investidores esperavam para ver se Yellen manteria uma perspectiva positiva sobre a economia norte-americana apesar da série recente de relatórios econômicos fracos, o que sustentaria a projeção do Fed de mais um aumento dos juros este ano.
A fraqueza recente em dados econômicos levantou dúvidas sobre os planos do Fed endurecer a política monetária, com investidores agora esperando que o ritmo de endurecimento possa ser muito mais lento do que os decisores queriam.
A libra estava mais alta frente ao dólar, como par GBP/USD avançando 0,33% para 1,2765.
No início desta terça-feira, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) disse aos bancos que eles teriam que reservar capital extra para cobrir possíveis perdas devido à exposição do crédito ao consumidor na hipótese de uma crise financeira.
O BoE também afirmou que prossegue com seus planos de contingência para todos os resultados possíveis nas negociações do Brexit em curso, inclusive a possibilidade de que o Reino Unido saia da União Europeia sem um acordo fechado.