Investing.com – O dólar norte-americano ganhou força em relação à cesta das principais moedas mundiais na sexta-feira, uma vez que uma queda acentuada dos preços do petróleo alimentaram os temores relacionados ao risco de deflação no Japão e na zona euro e pressionou a queda das moedas expostas à commodity.
Os preços do petróleo caíram após a decisão de quinta-feira da Organização dos Países Exportadores de Petróleo de manter quotas de produção inalteradas, alimentando temores com um excesso de oferta global.
O índice do dólar, que mede o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,45%, para 88,41 na sexta-feira, final do dia, não muito longe das altas de mais de quatro anos de 88,52, alcançadas na segunda-feira.
USD/JPY subiu 0,73%, para 118,59 no final do pregão, chegando perto das altas de sete anos 118,95 atingidas no dias 20 de novembro.
EUR/USD caiu 0,11%, para 1,2451, na sexta-feira, aproximando-se das baixas de dois anos da segunda-feira 1,2359.
Na zona do euro, dados oficiais, divulgados na sexta-feira, mostraram que a taxa anual de inflação caiu para 0,3% em novembro, uma baixa de cinco anos. Os dados fracos foram vistos como um aumento na probabilidade de que o Banco Central Europeu implementará medidas de flexibilização quantitativa.
A queda dos preços do petróleo levou o rublo russo para níveis recorde em relação ao dólar e ao euro, com USD/RUB subindo 2,04% a 50,28 e EUR/RUB avançando 2,23%, para 62,60 no final do pregão.
O dólar canadense vinculado à commodity atingiu baixas de três semanas em relação ao dólar, com USD/CAD subindo 0,74%, para 1,1414, ao passo que a coroa norueguesa atingiu seu nível mais baixo em cinco anos, com USD/NOK avançando 1,5% para 7,03.
A onda de vendas de petróleo ofuscaram os dados de sexta-feira, mostrando que o produto interno bruto do Canadá cresceu a uma taxa anual de 2,8% no terceiro trimestre e as exportações cresceram 2,2%. Os economistas previam um crescimento no terceiro trimestre de 2,1%.
A demanda pelo dólar norte-americano continuou sendo apoiada pelas expectativas de que o Fed está chegando perto de aumentar suas taxas de juros, uma vez que os bancos centrais do Japão e da zona do euro estão flexibilizando a política monetária para estimular o crescimentos e afastar a ameaça de deflação.
Nesta semana, os investidores estarão enfocando o resultado de uma reunião de política do BCE na quinta-feira, que deve ser seguido pelo relatório sobre empregos nos EUA de novembro na sexta-feira. Os bancos centrais do Reino Unido, Canadá e Austrália também realizarão reuniões de definição política na próxima semana.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 1 de dezembro
A China deve publicar dados oficiais sobre a atividade industrial, assim como o índice industrial HSBC.
O Reino Unido deve publicar seu índice industrial e também dados sobre o financiamento líquido a pessoas físicas.
Nos EUA, o Instituto de Gestão de Abastecimento (ISM) deve divulgar um relatório sobre a atividade industrial.
Terça-feira, 2 de dezembro
A Austrália deve divulgar dados oficiais sobre os alvarás de construção e as transações correntes. No final do dia, o Banco Central da Austrália deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de taxa, que delineia as condições econômicas e os fatores que afetam a decisão de política monetária.
Na zona do euro, a Espanha deve divulgar dados sobre a mudança na quantidade de pessoas empregadas.
O Reino Unido deve publicar um relatório sobre a atividade do setor de construção.
Quarta-feira, 3 de dezembro
A Austrália deve publicar um relatório sobre o produto interno bruto (PIB), a medida mais importante da atividade econômica e um indicador-chave do crescimento econômico.
A China deve publicar dados oficiais sobre a atividade do setor de serviços, assim como o índice industrial HSBC.
O Reino Unido deve divulgar o atentamente observado relatório sobre o crescimento do setor de serviços.
A zona do euro deve divulgar dados sobre as vendas no varejo, o indicador do governo para as despesas dos consumidores e que representa a maior parte da atividade econômica geral do país.
Os EUA devem divulgar o relatório ADP sobre a geração de empregos no setor privado.
O Banco da Canadá deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de taxa, que delineia as condições econômicas e os fatores que afetam a decisão de política monetária.
No final do dia, o ISM deve publicar um relatório sobre a atividade do setor de serviços nos EUA.
Quinta-feira, 4 de dezembro
A Austrália deve publicar dados sobre as vendas no varejo e balança comercial, a diferença de valor entre importações e exportações.
O Reino Unido deve publicar dados do setor privado sobre a inflação aos preços de imóveis residenciais.
O Banco da Inglaterra deve anunciar sua taxa básica de juros.
No final do dia, o BCE deve anunciar a sua taxa básica de juros. O anúncio deve ser seguido por uma coletiva de imprensa com o presidente do banco, Mario Draghi.
Os EUA devem divulgar o relatório semanal sobre os pedidos novos de seguro desemprego.
O Canadá deve publicar seu PMI Ivey.
Sexta-feira, 5 de dezembro
Na zona do euro, a Alemanha deve publicar dados sobre os pedidos às fábricas.
O Banco Nacional Suíço (SNB) deve publicar dados sobre as reservas em moeda estrangeira. Esses dados serão atentamente analisados em busca de indicações do tamanho das operações do banco no mercado de câmbio.
O Canadá deve publicar dados sobre a alteração na quantidade de pessoas empregadas e taxa de desempregado, bem como um relatório separado sobre a balança comercial.
Os EUA devem resumir a semana com o relatório atentamente observado do governo sobre o indicador NFP (nonfarm payrolls), a taxa de desemprego e a média salarial, bem como um relatório sobre pedidos às fábricas.