Investing.com - O euro caiu para baixas de um mês em relação ao dólar norte-americano na sexta-feira, ampliando as perdas acentuadas da última sessão, após o Banco Central Europeu (BCE) ter indicado que pode reduzir a política monetária já no mês que vem.
EUR/USD encerrou a sessão de sexta-feira em 1,3756, o nível mais fraco desde 8 de abril, caindo 0,60% no dia. Na semana, o par caiu 0,85%.
O euro saiu de altas de dois anos e meio em relação ao dólar norte-americano na quinta-feira, após o presidente do BCE, Mario Draghi, ter dito que os bancos estão “confortáveis” com a ideia de agir para escorar o crescimento e conter uma queda muito forte da inflação na sua próxima reunião, em junho. Os comentários foram feitos após o BCE ter mantido a taxa de juros inalterada, como esperado.
Draghi também disse também que a força do euro era “uma preocupação relevante”, e acrescentou que o banco monitorará atentamente a evolução da taxa de câmbio.
A moeda única ficou sob mais pressão após dados de sexta-feira terem mostrado que em março as exportações alemãs caíram 1,8% em relação ao mês anterior e que o país registrou um superávit comercial menor que o previsto.
O euro caiu para baixas de dois meses em relação ao iene, com EUR/JPY ficando em 140,09 na sexta-feira, o nível mais fraco desde 4 de março. O par encerrou a semana em baixa de 1,15%.
Na sexta-feira, o dólar norte-americano ganhou força em relação ao iene e ao franco suíço. USD/JPY ficou em 101,85 na sexta-feira, permanecendo acima da baixa de três semanas de 101,42 atingida na terça-feira. Na semana, o par caiu 0,27%.
USD/CHF ficou em uma alta de um Mês de 0,8862, em alta de 0,62% no dia e ampliando os ganhos da semana para 0,95%.
A libra esterlina caiu em relação ao dólar norte-americano, com GBP/USD recuando 0,48%, para 1,6849 no fechamento. No início da semana, o par atingiu altas de 1,6994, o nível mais alto desde agosto de 2009, devido a expectativas de que o Banco da Inglaterra aumentará a taxa de juros antes de outros bancos centrais.
O dólar canadense saiu de uma alta de quatro meses em relação ao dólar norte-americano na sexta-feira, após um relatório inesperadamente mais fraco sobre o emprego no país. O Statistics Canada informou que a economia perdeu 28.900 postos de empregos em abril, confundindo as expectativas de um crescimento de 12.000.
USD/CAD subiu 0,62%, para 1,0897 no fechamento, após cair para até 1,0813 no início do dia.
Nesta semana, os investidores estarão aguardando o relatório trimestral de inflação do Banco da Inglaterra em busca de mais indicações sobre o curso futuro da política monetária. A zona do euro e o Japão devem divulgar dados preliminares sobre o crescimento no primeiro trimestre, ao passo que o EUA devem publicar relatórios sobre as vendas no varejo, preços ao consumidor e sentimento do consumidor.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 12 de maio
O Japão deve divulgar dados sobre as transações correntes. A Austrália deve pubilcar dados do setor privado sobre a confiança no ambiente de negócios.
Na Europa, a Suíça deve produzir dados sobre as vendas no varejo, o indicador do governo para os gastos dos consumidores e que representa a maior parte da atividade econômica geral do país.
No final do dia, os EUA devem publicar dados sobre o saldo do orçamento federal.
Terça-feira, 13 de maio
A Austrália deve produzir dados sobre a inflação aos preços de imóveis residenciais e financiamentos de imóveis, ao passo que o governo deve divulgar seu relatório de orçamento anual.
A China deve divulgar dados sobre a produção industrial e investimento em ativos fixos.
O Reino Unido deve divulgar dados do setor privado sobre as vendas no varejo.
O Instituto ZEW deve divulgar seu atentamente observado relatório sobre o sentimento econômico alemão, um indicador importante da saúde econômica.
No final do dia, os EUA devem produzir dados sobre as vendas no varejo, assim como relatórios sobre os preços de importação e estoques das empresas.
Quarta-feira, 14 de maio
O Banco da Reserva da Nova Zelândia deve publicar seu relatório semestral de estabilidade financeira. O presidente do banco, Graeme Wheeler, deve participar de uma coletiva de imprensa para discutir o relatório. Enquanto isso, a Nova Zelândia deve divulgar dados oficiais sobre as vendas no varejo.
O Reino Unido deve divulgar dados sobre a alteração na quantidade de pessoas empregadas, taxa de desemprego e média salarial. O Banco da Inglaterra deve publicar seu relatório trimestral de inflação e o presidente do banco, Mark Carney, deve participar de uma coletiva de imprensa para discutir o relatório.
O Instituto ZEW deve publicar um relatório sobre as projeções econômicas na Suíça, um indicador importante da saúde econômica.
A zona euro deve produzir dados sobre a produção industrial.
No final do dia, os EUA devem divulgar dados sobre o índice de preços ao produtor.
Quinta-feira, 15 de maio
O Japão deve publicar dados preliminares sobre o produto interno bruto (PIB) do primeiro trimestre, a medida mais ampla da atividade econômica e um indicador importante do crescimento econômico. A nação também deve divulgar um relatório sobre a atividade no setor terciário.
O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, deve se pronunciar em um evento em Tóquio. Seus comentários serão atentamente observados.
A Nova Zelândia deve divulgar sua declaração de orçamento anual, assim como dados do setor privado sobre a atividade manufatureira.
A zona do euro deve publicar dados preliminares sobre o PIB do primeiro trimestre, sim como dados revistos sobre a inflação ao consumidor.
A Suíça deve publicar dados oficiais sobre o índice de preços ao produtor.
O Canadá deve divulgar um relatório sobre as vendas de manufaturados.
Os EUA devem divulgar dados sobre os pedidos novos de seguro desemprego, inflação ao consumidor e produção industrial, bem como um relatório sobre a atividade manufatureira na região da Filadélfia.
Sexta-feira, 16 de maio
O Canadá deve publicar dados sobre as compras de títulos externos.
Os EUA devem resumir a semana com relatórios sobre os alvarás de construção e construção de imóveis residenciais novos, e uma leitura preliminar do sentimento do consumidor feita pela Universidade de Michigan.