Investing.com - O dólar norte-americano subiu em relação às principais moedas na sexta-feira, uma vez que uma liquidação global fez os mercados caírem, mas o bloqueio dos lucros pareceu ser temporário em meio a expectativas de que a taxa de juros dos EUA deve permaencer inalterada por algum tempo.
USD/JPY encerrou a sessão de sexta-feira em 101,61, após enfraquecer para 101,31 no início do pregão, o nível mais baixo desde 19 de março. Na semana, o par perdeu 1,41%.
A demanda pelo iene continuou sendo apoiada após o Banco do Japão ter indicado no início da semana que era improvável que implementasse novas medidas de estímulo no curto prazo.
O dólar norte-americano ficou inalterado em relação ao euro no fechamento, com EUR/USD sendo negociado a 1,3884, após atingir uma alta da sessão de 1,3905. O par encerrou a semana em alta de 1,04%, o maior ganho semanal desde setembro.
O dólar norte-americano encontrou rápido apoio após dados de sexta-feira terem mostrado que o índice de preços ao produtor nos EUA subiu 0,5% em março, a maior alta em nove meses e em relação a expectativas de uma alta de 0,1%.
Entretanto, o dólar norte-americano permaneceu sob pressão após a ata da reunião de março do Banco Central dos EUA (Fed) ter indicado que é improvável que haja um aumento de taxa por algum tempo.
A ata da reunião de março do Fed, divulgada na quarta-feira, mostrou que os legisladores discutiram se manteriam ou não a taxa de juros em baixas recordes até a inflação subir, e não elaborou um possível prazo para quando as taxas começariam a subir.
No mês passado, o banco central norte-americano reduziu o ritmo mensal de compras de ativos em US$ 10 bilhões, para US$ 55 bilhões, e repetiu que é provável que continue reduzindo o programa em “mais medidas controladas”.
O dólar norte-americano ganhou força em relação à libra esterlina na sexta-feira, com GBP/USD recuando 0,32%, para 1,6729 no fechamento. A queda da libra ocorreu após dados terem mostrado que a produção no setor de construção do Reino Unido desacelerou em fevereiro uma vez que chuvas fortes, que levaram a inundações em partes do país, atrasaram as obras.
O dólar norte-americano também subiu em relação aos dólares australiano e canadense. AUD/USD caiu 0,18%, para 0,9398 na sexta-feira, reduzindo os ganhos da semana para 1,42%, ao passo que USD/CAD avançou 0,41%, para 1,0978.
Nesta semana, os participantes do mercado estarão enfocando os discursos da presidente do Fed, Janet Yellen, assim como relatórios sobre as vendas no varejo dos EUA e a construção de imóveis residenciais. Dados sobre o crescimento econômico chinês e decisão de taxa por parte do Banco do Canadá também serão atentamente observados.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 14 de abril
A zona do euro deve divulgar dados sobre a produção industrial.
Os EUA devem produzir dados sobre as vendas no varejo, o indicador do governo para os gastos dos consumidores, que representa a maior parte da atividade econômica geral do país.
Terça-feira, 15 de abril
O Banco da Reserva da Austrália deve publicar a ata da sua reunião de política monetária mais recente, que contém informações valiosas sobre as condições econômicas do ponto de vista do banco.
A Suíça deve divulgar dados sobre o índice de preços ao produtor.
O Reino Unido deve divulgar dados oficiais sobre o índice de preços ao consumidor, que representa a maior parcela da inflação geral do país.
O Instituto ZEW deve divulgar seu atentamente observado relatório sobre o sentimento econômico alemão, um indicador importante da saúde econômica.
O Canadá deve publicar dados sobre as vendas de manufatura. AO mesmo tempo, os EUA devem produzir dados sobre a inflação ao consumidor. No final do dia, a presidente do Fed, Janet Yellen, deve se pronunciar. Seus comentários serão atentamente observados.
Quarta-feira, 16 de abril
A Nova Zelândia deve publicar um relatório sobre a inflação ao consumidor.
A China deve divulgar dados sobre o produto interno bruto (PIB) do primeiro trimestre, a medida mais importante da atividade econômica e um indicador do crescimento econômico. A nação também deve divulgar dados sobre a produção industrial.
O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, deve se pronunciar em um evento em Tóquio. Seus comentários serão atentamente observados.
O Reino Unido deve divulgar dados oficiais sobre a mudança na quantidade de pessoas desempregadas e sobre a taxa de desemprego, bem como dados sobre a média salarial e empréstimos do setor público.
O Instituto ZEW deve publicar um relatório sobre as projeções econômicas na Suíça, um indicador importante da saúde econômica.
A zona do euro deve divulgar dados revistos sobre a inflação.
Os EUA devem produzir relatórios sobre as construções de imóveis residenciais novos, alvarás de construção e produção industrial.
O Banco do Canadá deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de política monetária, que delineia as condições econômicas e os fatores que afetam a decisão de política monetária. Deve haver uma coletiva de imprensa após o anúncio da taxa.
No final do dia, a presidente do Fed, Janet Yellen, deve se pronunciar em um evento em Nova York.
Quinta-feira, 17 de abril
A Austrália deve divulgar dados do setor privado sobre a confiança no ambiente de negócios, assim como dados oficiais sobre as vendas de veículos novos.
A zona do euro deve divulgar dados oficiais sobre as transações correntes, ao passo que a Alemanha deve produzir dados sobre o índice de preços ao produtor.
O Canadá deve publicar dados sobre a inflação ao consumidor.
Os EUA devem divulgar dados sobre os pedidos novos de seguro desemprego e um relatório sobre a atividade manufatureira na região da Filadélfia.
Sexta-feira, 18 de abril
Os mercados na Europa e nos EUA permanecerão fechados em virtude do feriado de Sexta-Feira Santa.