Investing.com - O euro atingiu baixas de cinco meses em relação ao dólar norte-americano e ao iene na sexta-feira, uma vez que a moeda única foi prejudicada pelas preocupações atuais com as perspectivas para a recuperação da zona do euro, ao passo que preocupações geopolíticas maiores apoiaram a demanda por ativos mais seguros.
EUR/USD caiu 1.3491, o nível mais fraco desde 6 de fevereiro, antes de sair de 1,3525, na tarde de sexta-feira. Na semana, o par caiu 0,56%.
O euro ficou sob pressão após o Banco da Itália ter reduzido sua projeção de crescimento deste ano para 0,2%, de 0,7% e ter advertido que os riscos à economia permanecem no lado negativo. O anúncio apoiou as preocupações com a recuperação de uma economia vacilante no bloco do euro.
No início da semana, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, disse que as compras de ativos em larga escala estão “perfeitamente” dentro do escopo do BCE. Mas os comentários foram a indicação mais recente de que o banco central está aberto para mais medidas de flexibilização monetária visando a afastar o risco de deflação na região.
Enquanto isso, a demanda de investidores por ativos mais seguros foi impulsionada após o abate de um jato da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia. Moscou negou envolvimento no acidente, que aconteceu um dia após os EUA terem anunciado uma nova rodada de sanções contra a Rússia por apoiar os separatistas no leste da Ucrânia. Os mercados também foram abalados porque Israel ampliou sua ofensiva terrestre na Faixa de Gaza.
EUR/JPY atingiu baixas de 136,72, o nível mais baixo desde 5 de fevereiro, e ficou em 137,07. Na semana, o par perdeu 0,59%.
USD/JPY atingiu uma baixas de uma semana de 101,05, antes de se recuperar para 101,32 no fechamento, encerrando a semana pouco alterado.
USD/CHF atingiu altas de cinco semanas de 0,9004 antes de refazer alguns desses ganhos e ficar em 0,8981. A libra esterlina apresentou leve queda em relação ao dólar norte-americano, com GBP/USD recuando 0,08%, para 1,7086 no fechamento.
A procura pelo dólar norte-americano continuou sendo apoiada após a presidente do Banco Central dos EUA, Janet Yellen, ter indicado no início da semana que as taxas de juros podem aumentar mais cedo que o esperado se a economia continuar melhorando.
O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, ficou em 80,60 na tarde de sexta-feira, após atingir uma alta de um mês de 80,75 no início da sessão.
Nesta semana, a zona do euro deve divulgar os atentamente observados dados sobre o índice de preços ao consumidor, vendas de imóveis residenciais e pedidos de manufaturados. Os investidores também estarão aguardando dados sobre a atividade do setor privado da zona do euro, dados sobre o crescimento no segundo trimestre do Reino Unido e uma declaração de taxa pelo banco central da Nova Zelândia.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 21 de julho
Os mercados no Japão devem permanecer fechados em virtude de um feriado nacional.
Na zona do euro, o Banco Central da Alemanha deve publicar seu relatório mensal.
Terça-feira, 22 de julho
O presidente do Banco da Reserva da Austrália, Glenn Stevens, deve discursar; seus comentários serão atentamente observados.
A Suíça deve divulgar dados sobre a balança comercial, a diferença de valor entre importações e exportações.
O Reino Unido deve divulgar dados oficiais sobre o endividamento líquido do setor público.
Os EUA devem divulgar relatórios sobre o índice de preços ao consumidor e vendas de imóveis residenciais usados.
Quarta-feira, 23 de julho
A Austrália deve produzir dados sobre o índice de preços ao consumidor.
O Banco da Inglaterra deve divulgar a ata da sua reunião de política monetária mais recente, que contém informações valiosas sobre as condições econômicas do ponto de vista do banco. No final do dia, o presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, deve se pronunciar.
O Canadá deve divulgar dados sobre as vendas no varejo, o indicador do governo para as despesas dos consumidores e que representa a maior parte da atividade econômica geral do país.
Quinta-feira, 24 de julho
O Banco da Reserva da Nova Zelândia deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de taxa, que delineia as condições econômicas e os fatores que afetam a decisão de política monetária. O banco central também deve realizar uma coletiva de imprensa para discutir a decisão de política monetária.
A Nova Zelândia e Japão devem divulgar relatórios sobre suas respectivas balanças comerciais.
A China deve divulgar a leitura preliminar do seu índice HSBC de manufatura.
A zona do euro deve publicar dados preliminares sobre a atividade do setor privado, ao passo que Alemanha e França devem publicar dados sobre o crescimento do setor privado. Enquanto isso, a Espanha deve lançar seu relatório de emprego mais recente.
O Reino Unido deve divulgar dados oficiais sobre as vendas no varejo.
Os EUA devem produzir dados oficiais sobre os pedidos novos de seguro desemprego, atividade manufatureira e vendas de imóveis residenciais novos.
Sexta-feira, 25 de julho
O Japão deve divulgar dados sobre o índice de preços ao consumidor.
A Nova Zelândia deve divulgar dados do setor privado sobre a confiança no ambiente de negócios.
Na zona do euro, a Alemanha deve divulgar o relatório Gfk sobre o sentimento do consumidor e o relatório Ifo sobre o clima no ambiente de negócios.
O Reino Unido deve divulgar dados preliminares sobre o produto interno bruto (PIB) do segundo trimestre, a medida mais ampla da atividade econômica e um indicador importante da saúde da economia.
Os EUA devem resumir a semana com dados sobre os pedidos de bens duráveis.