Getaria (Espanha), 1 jun (EFE).- A rainha Sofia da Espanha abrirá um museu em homenagem ao estilista Cristóbal Balenciaga (1895-1972), em Getaria (norte do país), dedicado a sua história no mundo da alta costura.
Cerca de 100 peças do costureiro espanhol - 70 vestidos e 20 de acessórios - completam a exposição permanente do museu, montado a partir das mais de 1,2 mil peças de sua coleção, que serão exibidas alternadamente por períodos não superiores a um ano, devido às exigências de conservação.
Entre as peças que vão compor a primeira etapa, haverá um casaco e um vestido que Balenciaga confeccionou para Grace Kelly, e o traje de noiva da Rainha Fabiola da Bélgica, proprietária do palácio Berroeta-Aldamar, ligado agora à moderna cobertura envidraçada do museu.
Trata-se de uma casa de veraneio do século 19 que foi ocupada por marqueses da Casa Torres, avôs da monarca belga, que inseriram o costureiro, filho de um pescador e uma costureira, na alta sociedade.
Algumas das pessoas que trabalharam com Balenciaga doaram seus vestidos à Fundação que administra o museu e que tem como presidente-fundador o estilista francês Hubert Givenchy. Os presidentes de honra são o rei da Espanha e a rainha Fabiola de Bélgica.
Os vestidos foram organizados por temas, e para a exibição, a luz e a cor foram fundamentais, desde o branco imaculado para os vestidos de noiva ao azul escuro para os trajes de noite.
A diretora de conteúdos do museu, Miren Arzalluz, explicou que a conservação dos tecidos exige sua exposição com uma luz muito tênue, que imprime uma atmosfera intimista às salas.
A visita inicia no espaço "Comienzos", onde estão as criações dos primeiros anos de Balenciaga, quando trabalhou em San Sebastián, Madri e Barcelona, entre eles o vestido mais antigo, uma roupa sob medida que confeccionou em 1912 para sua prima.
O percurso segue pelas salas "Día", "Cóctel", "Noche", "Novias", e conclui em "Balenciaga essencial", onde serão exibidas projeções do processo de criação de vestido, desde o molde até sua montagem.
Os vestidos, casacos e trajes ficarão expostos em manequins feitos sob medida para cada uma das peças, já que são os protagonistas absolutos deste lugar único e excepcional na história internacional da moda. EFE