Bruxelas, 21 fev (EFE).- O Eurogrupo continua negociando após 12 horas de reunião o resgate à Grécia, de 130 bilhões de euros, perante as dificuldades para que o setor privado assuma maiores perdas do que o previsto, informaram fontes diplomáticas.
Os ministros de Finanças da zona do euro retomaram a sessão após várias separações e tentativas de aproximar posturas entre as autoridades gregas e os representantes do Instituto Internacional de Finanças (IIF), que negocia com Atenas em nome dos bancos e fundos de investimento.
"As negociações continuam porque parece que a queda de braço não chega ao que tem que chegar", assinalaram as mesmas fontes.
A participação voluntária do setor privado no resgate da Grécia é um dos pilares essenciais do plano de assistência financeira ao país que também inclui 130 bilhões de euros do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia.
O perdão da metade da dívida grega em mãos privadas - que no total chega a cerca de 206 bilhões de euros - como se tinha planejado até agora poderia ser insuficiente devido à grave deterioração que a economia grega sofreu.
Os credores privados já se comprometeram em outubro a assumir perdas voluntárias equivalentes a 50% do valor nominal dos bônus gregos que possuem, o que representa perdas líquidas de 70%.
A maior participação seria uma das medidas necessárias, embora provavelmente não a única, para assegurar que a Grécia possa reduzir seu nível de dívida atual, de 160% do PIB, para 120% comprometido para 2020.
Outras fontes diplomáticas assinalaram que as negociações avançam na boa direção embora tenham reconhecido que são complicadas e que também resta definir a estrutura exata da supervisão permanente em Atenas. EFE