Bruxelas, 14 jan (EFE).- Novas equipes europeias chegarão ao
longo do dia ao Haiti para colaborar nos trabalhos de resgate das
vítimas do terremoto registrado no país, anunciou a Comissão
Europeia (órgão executivo da União Europeia), que também enviou
especialistas para avaliar a situação humanitária.
Além das primeiras equipes que já estão na região, hoje se
juntarão novos efetivos da Bélgica, Luxemburgo, França, Reino Unido
e Islândia, que participarão de ações de busca e resgate de pessoas.
França, Bélgica e Itália também já enviaram pessoal médico, mas a
Comissão adverte que serão necessárias mais contribuições neste
âmbito.
A Europa coordena sua resposta através do Centro de Controle e
Informação (MIC, em inglês), responsável por estabelecer vínculos
entre as autoridades de Defesa Civil dos 30 países europeus
participantes.
Até agora, 11 países ofereceram assistência deste tipo, segundo a
Comissão.
O Executivo comunitário enviou também ao Haiti seus próprios
especialistas, a bordo de uma aeronave belga, para que analisem as
necessidades da população.
Quanto à assistência financeira, a Comissão já aprovou ontem um
primeiro pacote de 3 milhões de euros para cobrir aspectos básicos,
como remédios e abrigo para os desabrigados por causa do terremoto,
enquanto a Holanda concedeu outros 2 milhões de euros.
A alta representante para Política Externa e Segurança Comum da
União Europeia, Catherine Ashton, deve comparecer esta tarde à
imprensa para oferecer mais dados sobre a resposta comunitária à
catástrofe no Haiti.
O terremoto de 7 graus na escala Richter aconteceu às 19h53 de
Brasília da terça-feira e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto
Príncipe, a capital do Haiti. O primeiro-ministro do país, Jean Max
Bellerive, cifrou o número de mortos em "centenas de milhares".
O Exército brasileiro confirmou que pelo menos 14 militares do
país que participam da Missão de Estabilização das Nações Unidas no
Haiti (Minustah) morreram em consequência do terremoto.
A brasileira Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da
Criança, ligada à Igreja Católica, também morreu no tremor. EFE