Washington, 24 set (EFE).- O novo sistema antimísseis que os
Estados Unidos planejam instalar a partir de 2011 fortalecerá a a
infraestrutura de defesa da Europa contra a ameaça iraniana,
disseram no Senado americano funcionários do alto escalão do
Pentágano.
Em uma sessão da Comissão de Serviços Armados, eles acrescentaram
que o novo plano não representa um "abandono" dos compromissos
assumidos com a Polônia e a República Tcheca.
Os funcionários também defenderam a decisão do presidente Barack
Obama de substituir o sistema antimísseis do Governo anterior por
outro mais flexível, capaz de destruir mísseis de curto e médio
alcance.
"Estamos fortalecendo, não desmantelando o sistema de defesa. É
uma melhora para a defesa da Europa e também dos EUA", afirmou a
subsecretária de Defesa para assuntos políticos, Michele Flournoy.
Flournoy destacou que os EUA vão manter os compromissos de defesa
com a Polônia e a República Tcheca. Disse ainda que, nas próximas
semanas, realizarão mais "consultas estratégicas" com ambas as
nações sobre o papel que estas podem desempenhar na nova
"arquitetura de defesa antimísseis".
Segundo a subsecretária, o Irã, além de ter mísseis capazes de
alcançar alvos no Oriente Médio, na Turquia e na região do Cáucaso,
tenta desenvolver outros com capacidade ainda maior.
A curto e médio prazo, alertou Flournoy, os mísseis do Irã
representam uma ameaça para a segurança dos aliados dos EUA e as
forças americanas posicionadas na Europa, o que torna mais urgente a
criação de um sistema antimísseis no continente.
No entanto, o senador republicano e ex-candidato à Presidência
John McCain frisou que o novo plano só mostra à comunidade
internacional que os EUA "não estão preparados para apoiar seus
amigos" e abandonaram seu compromisso com a Polônia e a República
Tcheca.
Washington, afirmou McCain, precisa dar uma "resposta prudente" à
ameaça do regime iraniano e a mudança no sistema de defesa
antimísseis envia "uma mensagem errada no momento errada". EFE