Washington, 25 mai (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta quarta-feira em discurso no Parlamento britânico que a aliança entre seu país e a Europa "continuará indispensável" para se chegar a um mundo mais justo, próspero e pacífico.
Obama, o terceiro presidente dos Estados Unidos convidado a falar no Parlamento do Reino Unido, pronunciou seu discurso sobre as relações transatlânticas pouco após uma reunião bilateral com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron.
Em uma intervenção destinada a tranquilizar os aliados europeus sobre a importância da relação em um momento no qual temem ser deixados de lado devido à crescente importância que Washington confere a seus laços com a Ásia, o presidente americano garantiu que a aliança "continua sendo o catalisador para as ações globais".
Por isso, indicou, EUA e seus aliados devem manter sua unidade em aspectos como a liderança econômica, a defesa dos direitos humanos e os valores comuns, e sua cooperação no âmbito da segurança.
Em um contexto no qual os países emergentes adquirem uma liderança crescente e bem-vinda em questões globais, a aliança terá que evoluir e se adaptar aos novos tempos.
"Nossa liderança conjunta requereria que estabelecêssemos novas alianças, nos adaptássemos a novas circunstâncias e nos transformássemos para fazer frente às demanda de uma nova era", declarou o presidente americano.
Assim, os aliados terão que redobrar seus investimentos em educação e novas tecnologias.
Diante de um inimigo terrorista "seguiremos respeitando um padrão mais alto, mantendo os valores e o Estado de Direito que defendemos tão ardentemente", disse.
"Acreditamos não só nos direitos das nações, mas nos direitos dos cidadãos", uma ideia que está sendo posta à prova, lembrou Obama, nos movimentos por mudanças democráticas registrados no Oriente Médio e no Norte da África.
Para demonstrar o apoio ocidental a estes anseios, "devemos apoiar nossas palavras com fatos" e investir no futuro destas nações em transição, declarou Obama, que propôs um plano de apoio político e econômico aos países que promoverem reformas democráticas, como o Egito e a Tunísia.
"Procederemos com humildade, e com o conhecimento de que não podemos ditar os resultados em outros países. No final, cada povo tem que ganhar sua liberdade, não se deve impô-la de fora. Mas podemos e devemos nos alinhar com os que lutam por ela", afirmou o presidente dos EUA. EFE