Investing.com – As ações da companhia aérea Azul (BVMF:AZUL4) disparavam quase 7% no pregão às 15h11 (de Brasília) nesta quarta-feira, 22 de janeiro, a R$4,58. Os papéis chegaram a subir mais de 10%, com a cotação indo a R$4,75.
A Azul "opera em alta após comunicado sobre rolagem de dívidas", destacou a Ativa Investimentos.
Ainda, entre as razões para a alta nas ações da empresa, está a desvalorização da moeda americana frente ao real, com dólar cotado abaixo de R$6, uma retração de mais de 1,5%, a R$5,9285. Investidores enxergam maior moderação nas medidas do republicano Donald Trump em relação a tarifas impostas a outros mercados, apesar das incertezas sobre o tema.
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Além da queda expressiva no dólar, a empresa anunciou hoje mais detalhes sobre trocas de títulos de dívida, e investidores monitoram possível fusão das operações com a Gol (BVMF:GOLL4).
A Azul informou nesta quarta que praticamente todas as notas seniores garantidas foram trocadas por novas obrigações. A companhia aérea passa por um processo de reestruturação financeira, visando equalizar as contas após período de dificuldades durante a pandemia de covid-19, quando a demanda caiu de forma abrupta.
Segundo o comunicado divulgado ao mercado, “a Azul espera que a liquidação das Ofertas de Troca ocorra prontamente e anunciará os dados de sua liquidação nos próximos dias”.
Tanto a Azul quanto a Gol, esta em recuperação judicial nos EUA, o chamado Chapter 11, vêm trabalhando para resolver a situação financeira antes de uma possível fusão. A expectativa é de que o fim da RJ da Gol ocorra em abril deste ano.
As companhias aéreas assinaram um memorando de investimentos sobre a fusão na semana passada e, segundo analistas, devem concentrar 60% do market share caso a medida seja consolidada. O modelo previsto seria o de corporation, sem um controlador definido, com as marcas operando de forma independente, e tendo a Abra como a maior acionista da empresa.