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Obama anuncia plano para cortar déficit que terá contribuição "de todos"

Publicado 19.09.2011, 13:18

Washington, 19 set (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apresentou nesta segunda-feira um plano para cortar US$ 4 trilhões do déficit público, e disse que, para cumprí-lo, "todos contribuirão com sua justa parte", incluindo os mais ricos.

"Não deveríamos reduzir o déficit à custa dos pobres e dos trabalhadores", acrescentou o presidente, em discurso nos jardins da Casa Branca.

Se não houver uma ação agora, "toda a dívida cairá sobre os ombros de nossos filhos", ressaltou o governante.

Obama anunciou que grande parte do reequilíbrio virá de uma maior pressão fiscal sobre as rendas mais altas, e da aplicação de um princípio muito simples: "que a secretária do senhor Warren Buffett não pague mais impostos que o senhor Buffett", em alusão ao detentor de uma das maiores fortunas do país, que reconheceu que paga menos que sua funcionária.

O presidente advertiu também que vetará qualquer lei para a redução do déficit que a maioria republicana na Câmara baixa pretenda aprovar.

Obama negou que sua intenção de aumentar os impostos dos mais ricos, por meio da introdução de um imposto mínimo para as rendas dos multimilionários, equivalha a uma "luta de classes", como afirmaram alguns dirigentes do partido republicano.

É apenas "matemática", replicou Obama.

O plano que foi apresentado nesta segunda pelo presidente será submetido ao "supercomitê" bipartidário, composto em partes iguais por congressistas democratas e republicanos, que têm a obrigação de chegar a um acordo sobre a redução do déficit em pelo menos US$ 1,5 trilhão até o fim de novembro.

As propostas de hoje incluem uma economia de US$ 1,3 trilhão com o final da intervenção militar dos Estados Unidos no Afeganistão e no Iraque e com as reformas dos subsídios agrícolas e do seguro de saúde, mas deixam intacto o sistema público previdenciário.

Na semana passada, Obama apresentou um plano de quase US$ 450 bilhões para a criação de empregos, e ressaltou hoje que o Congresso "deve aprovar" essa legislação imediatamente. EFE

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