(embargada até as 7h do sábado 8 de agosto)
Washington, 8 ago (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack
Obama, afirmou hoje que a reforma do sistema de saúde do país é
crucial em um momento de recessão que parece ter cedido sua
intensidade.
Nas últimas semanas o Governo divulgou uma série de indícios de
melhora, entre eles uma recuperação do mercado acionário e um
aumento na construção e venda de casas.
Esta semana o Departamento do Trabalho anunciou uma leve redução
do desemprego em julho para 9,4% após chegar o mês anterior a 9,5%,
o nível mais alto das últimas duas décadas.
Por outra parte, na sexta-feira, indicou que se reduziu a perda
de fontes de emprego para 247 mil em julho, após ter chegado a 700
mil no início de ano.
"Os números sobre trabalho são um indício de que começamos a pôr
um freio nesta recessão e que o pior passou", disse Obama em seu
habitual discurso dos sábados.
"Mas devemos fazer mais para resgatar a nossa economia desta
crise imediata", assinalando que "um pilar fundamental" é a reforma
dos seguros de saúde, "uma reforma que estamos mais perto do que
nunca de conseguir".
No entanto, o presidente reconheceu que os que desejam manter a
situação atual do sistema de saúde "estão ficando cada vez mais
ferozes em sua oposição".
A reforma proposta por Obama tem como objetivo proporcionar
seguro de saúde a quase 50 milhões de americanos que carecem de
cobertura médica e reestruturar um sistema que se tornou cada vez
mais oneroso.
O presidente indicou que no final das contas a reforma se reduziu
para escolher entre dois enfoques.
Obama disse que o primeiro quase garante que duplicará os custos
da saúde, deixará sem seguro milhões de americanos e os que o têm
serão vulneráveis às negativas arbitrárias de cobertura, causando a
quebra dos Governos estaduais e federal.
O país pode continuar com essa situação "ou podemos escolher
outra que protegerá o povo das práticas injustas das seguradoras,
proporcionará seguro acessível e de qualidade a todos os americanos
e reduzirá os custos crescentes que sufocam as famílias, as empresas
e nossos orçamentos", disse. EFE