Paris, 7 jun (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack
Obama, conclui hoje uma viagem pelo Oriente Médio e Europa na qual
considera que sentou as bases para uma reconciliação com o mundo
muçulmano e um novo impulso ao processo de paz no Oriente Médio.
Obama dedica a manhã para fazer turismo por Paris com sua esposa,
Michelle e filhas, Malia e Sasha, de dez e sete anos, que pela
primeira vez se juntaram em uma viagem ao estrangeiro.
O presidente americano, que voltará esta tarde a Washington
enquanto sua família permanece ainda alguns dias em Paris,
assegurou, por boca de seus porta-vozes, que está "muito feliz" dos
resultados de sua viagem, que o levou à Arábia Saudita, Egito,
Alemanha e França.
Segundo seu assessor político, David Axelrod, a viagem permitiu
"limpar toda a bagagem na relação entre Estados Unidos e o mundo
muçulmano" e prestar homenagem às pessoas que criaram história e
permitiram um futuro melhor.
A viagem se estruturou em torno de um evento central, seu
discurso ao mundo muçulmano no Cairo, no qual pediu aos crentes
islâmicos para se desprenderem de seus preconceitos contra os EUA e
expôs as linhas mestras de sua política para o Oriente Médio, para
oferecer à região uma nova relação baseada no respeito mútuo.
Dentro desse discurso, Obama aproveitou para pressionar em favor
do processo de paz no Oriente Médio e colocar uma série de
exigências claras às partes: aos israelenses, que reconheçam a
necessidade de um Estado palestino e renunciem a estender seus
assentamentos. E aos palestinos, que deixem de incitar a violência e
estabeleçam melhores instituições de Governo.
Trata-se de uma mensagem que enfrenta - de maneira insólita para
um presidente americano - o Governo israelense do primeiro-ministro,
Benjamin Netanyahu, que rejeita renunciar aos assentamentos.
Em seu discurso, Obama também reiterou sua mensagem ao Irã de
abertura de um diálogo sério se esse país se mostrar disposto a
cumprir seus compromissos sobre seu programa nuclear. EFE